Câmara Legislativa instala CPI para investigar crimes de pedofilia

A Câmara Legislativa instalou na tarde desta quarta-feira (18) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para “investigar e apurar crimes de pedofilia no Distrito Federal, apontar as causas de impunidade e do aumento de número de casos demonstrados pelos dados e por matérias divulgadas pela imprensa”. A CPI será presidida pelo deputado Rodrigo Delmasso (PTN). A vice-presidência ficará a cargo do deputado Julio César (PRB).

Logo após a instalação, Delmasso convidou a deputada Sandra Faraj (SD) para ser a relatora da investigação, que aceitou a tarefa e prometeu trabalhar para reduzir os casos de exploração sexual no DF. A instalação e a eleição da CPI foram conduzidas pela deputada Celina Leão (PDT), que ressaltou a importância das investigações para a sociedade brasiliense.

A instalação da CPI aconteceu na data em que se celebra o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o 18 de maio. Diversos eventos em todo o País marcaram a passagem da data, que foi instituída com um dia de mobilização e conscientização para o enfrentamento do problema.

O presidente da CPI da Pedofilia, Rodrigo Delmasso, destacou a passagem da data e lembrou que o dia foi escolhido por causa da morte bárbara da menina Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, em 1973, em Vitória (ES). Neste dia, Araceli foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada. Nesta quarta-feira, o desaparecimento da menina completa 43 anos, mas ninguém foi punido pelo crime. Após a prisão, julgamento e absolvição dos acusados, o processo foi arquivado pela Justiça.

Delmasso também lembrou o caso do abuso e assassinato da menina Ana Lídia, que marcou a história de Brasília. O distrital disse que o objetivo da CPI é tirar o DF da quinta posição do ranking de números de abusos sexuais contra crianças e adolescentes, proporcionalmente.

Também integram a CPI como membros titulares os deputados Rafael Prudente (PMDB) e Prof. Israel (PV). Os suplentes são Raimundo Ribeiro (PPS), Cristiano Araújo (PSD), Bispo Renato Andrade (PR), Cláudio Abrantes (Rede) e Luzia de Paula (PSB). De acordo de acordo com o Regimento Interno da Casa, a CPI terá 180 dias corridos para realizar a investigação, prazo que poderá ser prorrogado pela metade, ou seja 90 dias, automaticamente, por requerimento da maioria dos seus membros.

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