A capital iraquiana Bagdá foi palco ontem de nova barbárie promovida pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Sucessão de atentados com carros-bomba deixou 86 mortos e 140 feridos. O mais grave deles, reivindicado pelos jihadistas do EI, atingiu um mercado, perto do grande bairro xiita de Sadr City. A explosão, ocorrida às 10h, matou 64 pessoas e feriu 87. Segundo a BBC, entre as vítimas estão mulheres e crianças.
Outros dois carros explodiram pouco mais tarde e também provocaram estragos e mais mortes. Esses dois ataques, no entanto, não foram reivindicados pelo Estado Islâmico. Um explodiu na entrada de Kadhimiya, que também é um distrito xiita, matando 15 e ferindo 33 outros, segundo a Reuters.
O terceiro carro-bomba explodiu no oeste da capital iraquiana em um bairro predominantemente sunita, matando sete e ferindo outros 20. O número de vítimas ainda deve aumentar, segundo autoridades locais.
O Estado Islâmico, que desde 2014 controla áreas importantes do Iraque, vem promovendo uma série de ataques em vários pontos de Bagdá. Os terroristas têm como alvo principalmente bairros habitados por xiitas, que são considerados hereges pelos extremistas.
O crescimento do grupo, que luta contra o governo para controlar o norte e o oeste do Iraque, aumentou os conflitos étnicos no país, principalmente entre sunitas e xiitas, surgidos após a invasão de tropas americanas em 2003, segundo a Reuters.
Em ataques mais recentes dos jihadistas do EI, no dia 30 de abril, uma explosão atingiu um mercado popular, que fica na região de Nahrawan, por onde passam peregrinos xiitas para visita ao túmulo de Musa al Kazim. Cinco dias antes, outra explosão, dessa vez no mercado de Al Jadidah, no sudeste da cidade, deixou seis pessoas mortas e 30 feridas.