A Polícia Civil do Distrito Federal informou neste sábado (23) que vai encaminhar à Corregedoria do órgão o caso da delegada Érika Borges Moura, presa em Goiânia nesta sexta-feira (22) suspeita de agressões em um bar e desacato a policiais militares. A polícia informou que ainda não havia sido notificada oficialmente do caso até a publicação desta reportagem.
Em um vídeo divulgado pela Polícia Militar de Goiás, ela aparece em um carro dentro da área destinada a presos batendo na lataria do veículo, gritando e dizendo ser prima de uma juíza e do governador de Rondônia.
“Grava, grava mesmo. Eu tenho prima juíza. Quem você acha que eu sou?”, diz a delegada na gravação, bastante alterada e com a fala enrolada. “Vai lá, vai lá, olha, olha, olha. Vocês estão fazendo isso porque eu sou… eu sou prima.. eu sou prima do governador de Rondônia. Vocês estão querendo acabar comigo porque eu sou prima do governador de Rondônia”, diz ela em outro trecho.
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O atual governador do estado é Confúcio Moura, do PMDB. Ao G1, a Superintendência de Comunicação de Rondônia informou que “não comenta assunto que não tem relação com o governo do estado”.
Os policiais que prenderam a delegada disseram que ela teria agredido funcionários do bar onde estava depois de discordar do valor da conta. Ela teria ainda desacatado os policiais e tentado agredir um perito do Instituto de Criminalística. Érika teria se negado a fazer um teste de embriaguez, segundo a polícia de Goiás.
O G1 tentou contato com a delegada, mas não teve sucesso. A Polícia Civil não informou o telefone dela e na delegacia em que ele trabalha, em Brasília, ninguém atendeu às ligações. Procurada pela TV Anhanguera, afiliada da Globo em Goiás, a família da delegada não quis se pronunciar. (G1)