A família de Francisco Vítor de Carvalho, de 74 anos, aguarda há mais de 30 horas pela liberação do corpo do idoso em um hospital público do Distrito Federal. O homem morreu no início da manhã deste sábado (9) durante cirurgia de amputação da perna direita na regional do Gama. A Secretaria de Saúde diz que encaminhou o caso para o Instituto Médico Legal, para que seja atestada a real causa do corpo. A Polícia Civil nega que exista a solicitação.

Neta da vítima, Guanayra Nunes diz que Carvalho sofria de mal de Alzheimer e foi diagnosticado recentemente com diabetes. Devido ao estado avançado da doença, o idoso precisou ser submetido à amputação. Ele morreu durante a cirurgia, às 7h50 de sábado (9), mas a família só foi comunicada do incidente ao meio-dia.

“Não tinha nem funcionário para colocar o meu avô na geladeira do necrotério do hospital, quem colocou foram o meu tio e o meu marido”, conta Guanayra.

A neta do idoso diz que não havia médico para atestar a causa do óbito e que por isso o hospital teve de acionar o IML. Em nota, o Hospital Regional do Gama informou que a unidade atendeu com dois clínicos pela manhã, dois durante  a tarde e dois à noite. “Embora, a demanda esteja grande, o atendimento está ocorrendo normalmente no HRG”, disse, em nota.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a família do falecido está ciente e acompanha a realização dos exames no IML. A neta do idoso nega ter sido comunicada a respeito.

A Polícia Civil informou que é incomum que pessoas mortas de causas naturais ou complicações em cirurgias sejam encaminhadas para o IML. Até às 15h deste domingo (10), familiares permaneciam no hospital à espera da liberação do corpo. A medida é necessária para que possam dar prosseguimento à documentação em cartório e o sepultamento. (G1)