Rede estadual de ensino em Mato Grosso procura alunos do Ensino Médio


ALINE ALMEIDA, Diário de Cuiabá

 

A rede estadual de ensino em Mato Grosso teve redução de um pouco mais de 2.200 matrículas no Ensino Médio na modalidade de Ensino Regular. Em 2014, eram 141.136 estudantes e em 2015 o número caiu para 138.906. Os dados são da Secretaria de Estado de Educação e fazem um comparativo entre os anos de 2014 e 2015. A secretaria aponta ainda que, nos respectivos anos, o Ensino Fundamental, ao contrário teve aumento nas matrículas: 1.922 a mais nos anos iniciais e 1.790 a mais nos anos finais.

Contudo, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) contesta o número. Para o presidente do sindicato, Henrique Lopes, a redução só seria aceitável se o Estado também tivesse a redução da população, o que não acontece, segundo Lopes. “O que tem acontecido para a redução das matrículas na rede estadual é resultado da negação de direitos por parte do Estado. O Governo tem transferido as matrículas da rede estadual para a rede municipal. A rede municipal tem ficado responsável pelos anos iniciais e a rede estadual pelos finais”, diz Henrique.

O sindicato contesta ainda os números diante de própria auditoria da Secretaria de Educação. Em novembro de 2015 foram identificados mais de 30 mil alunos fantasmas. “Isso prova que o Estado tem criado factóides para justificar a negação de direitos. É muito estranho lá atrás eles falarem que era mais de 30 mil alunos fantasmas e agora falar que as matrículas diminuíram somente em dois mil. Algo não está fechando nesta conta”, afirma Henrique Lopes.

A Secretaria de Educação, por sua vez, diz que os dados refletem a fragilidade do Ensino Fundamental praticado até então, que desestimulou ingresso/continuidade dos estudantes no Ensino Médio. Um dos motivos da redução de matrículas segundo a secretaria é que o aluno era induzido, ou preferia trabalhar a estudar.

Para iniciar as mudanças neste cenário, a Seduc implantou em 2016 quatro escolas de tempo integral. A expectativa é de que em 2017 outras 26 escolas passem a ofertar o ensino em período integral. Nas escolas de Cuiabá e de Várzea Grande foi aumentada em uma hora a carga horária diária, para que os alunos tenham a chance de recuperar a defasagem de aprendizagem.

Dados – Em nível nacional, os dados do Censo Escolar de 2015 mostram que três milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estão fora das salas de aula. As idade mais críticas são 4 anos, 690 mil de crianças não são atendidas, e 17 anos, em que 932 mil adolescentes deixaram os estudos.

 

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