O governo do Distrito Federal reconheceu nesta sexta-feira (8) que uma gestante de 29 anos contraiu zika vírus na capital. Segundo a Secretaria de Saúde, a mulher adquiriu a doença no Plano Piloto, em dezembro. A pasta confirmou também zika vírus em uma grávida de 36 anos, de Águas Claras, que teve contato com o micro-organismo em Goiânia, durante as festas de fim de ano.
Até esta sexta, a secretaria ainda investigava sete casos suspeitos de contaminação pelo zika vírus.
O governo informou ainda que uma paciente de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF, contraiu o vírus em Goiás e foi diagnosticada em um centro médico da capital.
Entre as pacientes do DF, uma foi atendida pela rede pública e a outra foi medicada em um hospital privado. Segundo a secretaria, “toda a rede de saúde publica encontra-se preparada pra enfrentar” o surto de transmissão do zika vírus.
“Era provável que receberíamos essa carga viral no DF”, disse o subsecretario de Atenção Integrada à Saúde, Robinson Parpinelli. Ele cobrou atenção dos moradores em relação ao mosquito Aedes aegypti.
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, informou que vai reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti nas regiões onde as pacientes foram infectadas. Será feita uma “varredura” a 300 metros de onde as pacientes vivem. A área também deve passar por dedetização e haverá buscas por focos de mosquito. Pessoas próximas a pacientes também serão examinados.
“A preocupação [contra o zika vírus] é perene. Deve ser a todo momento. Não só porque temos a descoberta de mais um caso”, afirmou o subsecretário. “A Secretaria de Saúde tem combatido o vetor [o mosquito] desde o inicio dessa gestão”, diz o subsecretário. Coelho disse que será realizada ação de combate ao Aedes aegypti em Santo Antônio do Descoberto, em parceria com o governo de Goiás.
O DF tem 500 agentes de vigilância ambiental, responsáveis pela ação de enfrentamento ao surto. Questionado sobre o apoio do Ministério da Saúde, o subsecretário afirmou que o GDF deve receber 27 carros e 30 máquinas para soltar o “fumacê”, tipo de repelente, nas ruas. “Estamos com processo empenhado e em breve teremos esse material à disposição.”