Pelo menos 27 estados americanos descartaram receber refugiados sírios após os atentados terroristas que provocaram 129 mortes nesta sexta-feira em Paris. Com exceção de New Hampshire, todas essas regiões têm governantes do Partido Republicado, que é opositor ao presidente Barack Obama.
O posicionamento desses estados ocorreu após surgirem mais informações sobre os suspeitos envolvidos nos ataques. Ao lado do corpo de um dos homens-bomba que agiu na frente do Estádio da França, foi encontrado o passaporte de um homem que entrou na Europa com grupo de refugiados da Síria. Ainda não foi confirmado, no entanto, se o documento de fato pertencia ao agressor.
Em setembro, o presidente americano, Barack Obama, ordenou que seu governo iniciasse os preparativos para que o país recebesse 10 000 refugiados sírios a partir do mês seguinte. Nesta segunda-feira, o assessor adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, afirmou que essa meta está mantida.
O governador de Ohio, John Kasich, pré-candidato do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2016, afirmou que “de nenhuma maneira” “pode ser colocada em risco a segurança do povo americano com o recebimento de refugiados sírios”.
Na cúpula do G20, que acontece em Antalya, na Turquia, Obama condenou as recusas a permitir a entrada de refugiados nos Estados Unidos: “Isso é vergonhoso, isso não é americano, isso não é o que somos. Nós não fecharemos nossos corações a essas vítimas de semelhante violência”, declarou. (Veja)