O Setor Noroeste conta agora com uma Frente Parlamentar para ampliar o debate sobre a implantação plena do bairro, em especial do Parque Burle Marx. Presidida pelo deputado Wasny de Roure (PT), a Frente Parlamentar do Noroeste foi lançada nesta quinta-feira (22) em comissão geral realizada no plenário da Câmara Legislativa.
Wasny destaca que a criação da Frente é de fundamental importância para o processo de implantação, tanto do parque, quanto do bairro em si. “É um processo longo e gradativo que exige trabalho e paciência. Temos que nos unir para garantir essa representatividade”. Ao final do lançamento, o parlamentar sugeriu que o Ibram agende uma visita ao parque, juntamente com representantes do GDF e técnicos da Adasa, para avaliar a perenidade das águas e a situação geral do local.
Em seu pronunciamento, o deputado Joe Valle (PDT) destacou a importância da preservação das áreas verdes do DF e ressaltou a necessidade de os distritais se engajarem no tema, que vem sendo alvo de diversas reuniões entre representantes do governo e da comunidade. Já Prof. Israel Batista (PV) enfatizou que “o sonho vendido a custo alto não foi entregue por desmandos, descaso”. Ele acrescentou que “o Noroeste nasceu para ser exemplo para o Brasil, não podemos deixar esse sonho morrer”, enfatizou o deputado.
Ecológico – O presidente da Associação dos Moradores do Noroeste, Antônio Custódio Neto, relatou as dificuldades enfrentadas pelos moradores que investiram em um bairro ecológico, mas que não foi entregue pelo governo. “A comunidade quer fazer parte do processo de implementação do parque e quer que suas demandas sejam levadas em consideração”, afirmou Neto.
Já o presidente da Associação dos Amigos do Parque, Paulo Cesar Ramos, relembrou que a união em torno do parque surgiu após a construção de uma pista de pouso na área do Burle Marx em outubro de 2013. Ramos destacou ainda a recategorização do parque – de uso múltiplo para ecológico. “Devido à dificuldade financeira do governo, a prioridade na implantação deve ser a proteção ambiental, com foco no manejo de incêndios, vigilância e cercamento para evitar o descarregamento de lixo e entulho”.
A presidente do Ibram, Jane Maria Vilas Boas, disse que existem quatro projetos para o parque, mas que todos estão inviabilizados pela atual topografia do lugar. Um novo projeto está em elaboração e já recebeu contribuições via internet pelo site do Ibram. Também será criado um conselho para realizar o diálogo com a sociedade. “A partir daí vamos entregar um projeto estável juridicamente para que a Terracap possa começar o processo de implantação”, explicou. A presidente não estabeleceu um prazo para o fim do projeto, mas é possível que o trabalho dos técnicos, ao lado da população, seja finalizado ainda este ano. Informações da CLDF.