O Globo / Com agências internacionais
A Rússia lançou mísseis em alvos ligados ao Estado Islâmico e à al-Nusra a partir de navios de guerra no mar Cáspio nesta quarta-feira, de acordo com informação do ministro da Defesa do país, Sergei Shoigu divulgada pela agência de notícias russa Interfax. O Ministério da Defesa publicou em sua conta no Twitter vídeos da ofensiva. O Departamento de Estado americano acusou os russos de focarem 90% dos ataques contra rebeldes, em vez de mirarem alvos do EI.
Shoigu disse que quatro navios de guerra lançaram 26 mísseis que destruíram 11 alvos do grupo extremista. Ao ser informado por Shoigu em um encontro transmitido pela televisão, o presidente Vladimir Putin exaltou a ação pelo alcance da bombas, afirmando que os alvos estavam a 1,5 mil quilômetros de distância.
O representante de Estado afirmou que ainda é cedo para falar sobre o resultado das operações russas na Síria e pediu a Shoigu para continuar cooperando com os Estados Unidos, Turquia, Arábia Saudita, Irã e Iraque na crise do país. Putin nega as alegações sobre a Rússia concentrar os ataques em opositores rebeldes do regime de Bashar al-Assad, presidente Sírio.
Nesta quarta-feira, Ash Carter, secretário de Defesa dos EUA, afirmou que o país não vai cooperar com a Rússia na crise por esta apresentar uma estratégia “tragicamente falha”. No entanto, ele disse que o país está preparado para realizar discussões ténicas sobre segurança.
— Não estamos preparados para cooperar com uma estratégia que explicamos como falha, tragicamente falha por parte da Rússia — declarou Carter durante viagem a Roma, renovando as acusações de que a Rússia não visa atingir alvos do EI.