O Popular/ G1/Goiás
O juiz federal Alderico Rocha Santos, da 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiás, condenou 46 dos 50 réus da segunda fase do julgamento da Operação Monte Carlo, que investiga a exploração ilegal de jogos de azar. Cláudio Dias de Abreu, ex-diretor da Construtora Delta, está na lista dos condenados. Ele teve a pena por formação de quadrilha convertida em prestação de serviços e pagamento de valor equivalente a 160 salários mínimos. Ainda cabe recurso de todas as decisões.
De acordo com as investigações, Abreu auxiliava o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no comando da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal. O ex-diretor respondia em liberdade e, como foi condenado a menos de 4 anos de prisão – 2 anos e 8 meses – a sentença foi convertida para pena alternativa.
Carlinhos Cachoeira também teve uma série de bens indisponibilizados pela Justiça.
Entre os condenados por formação de quadrilha também está o corretor de imóveis Francisco Marcelo de Sousa Queiroga, que terá de cumprir sentença igual a de Cláudio Abreu. Segundo as investigações, ele possuía uma loja de máquinas de caça-níqueis e repassava parte do faturamento ao irmão, José Olímpio de Queiroga Neto, que é considerado um dos homens de confiança de Cachoeira e responsável por gerenciar as casas de jogos. Em 2014, durante uma audiência o corretor admitiu que tinha as máquinas, mas disse que não conhecia o bicheiro.
Esta é a segunda etapa do julgamento dos réus da Operação Monte Carlo
Operação Monte Carlo
Cachoeira foi preso e acusado de chefiar um esquema de exploração de jogos ilegais e corrupção em Goiás e no Distrito Federal. O bicheiro foi preso em 29 de fevereiro de 2012, quando a operação foi deflagrada pela PF e Ministério Público Federal (MPF).
