Por falta de funcionários, Hospital de Base do DF tem 9 leitos de UTI vazios

Do G1 DF 

Imagens feitas por uma telespectadora na última quinta-feira (3) mostram que, apesar da longa fila de espera, nove leitos de UTI do Hospital de Base de Brasília estão sem uso – cinco na sala de adultos e quatro na pediatria. Segundo a Secretaria de Saúde, o bloqueio das vagas ocorre por falta de servidores para prestar atendimento aos pacientes. O GDF afirma que pediu na Justiça para prorrogar o contrato dos funcionários temporários dispensados até a chegada de concursados que não foram efetivados.

Em julho, a Justiça autorizou a renovação de 20 contratos temporários da Secretaria de Saúde. Com a pemissão, a pasta informou que poderia reabrir dez leitos de UTI que foram fechados no hospital por falta de profissionais. O prazo de renovação dos contratos era de 60 dias improrrogáveis. À época, o governo afirmou que o tempo seria suficiente para que os servidores aprovados em concurso público fossem nomeados.

Auditoria do Tribunal de Contas revelou que a espera por uma consulta com um especialista na rede pública pode chegar a dois anos e meio. Muitos profissionais da saúde estão em áreas administrativas. De um total de 1.528 servidores no serviço burocrático, 442 eram médicos, cirurgiões anestesistas e oncologistas.

O levantamento foi feito entre julho e outubro de 2014. Para atendimento em cardiologia, a fila de era de 20.233 pacientes. A Secretaria de Saúde não respondeu se o atual governo já tomou providências para deslocar médicos do serviço burocrático e informou apenas que não recebeu relatório do tribunal oficialmente.

Leitos de UTI
Em fevereiro, o GDF afirmou que reabriu 23 dos 101 leitos de UTI que estavam fechados em diversas unidades da rede pública. O anúncio foi feito no fim do primeiro mês da situação de emergência na saúde, decretada em 19 de janeiro pelo governador Rodrigo Rollemberg.

A rede toda conta com 400 vagas ativas, incluindo as próprias, conveniadas e contratadas. Dados da Defensoria Pública mostram que 446 pacientes recorreram à Justiça em 2013 em busca de UTI. Em 2014, o número cresceu 65%, chegando a 744 processos. Apenas nos dois primeiros meses deste ano, foram 124 ações – média de duas por dia.

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