TJ-GO exonera e dispensa parentes de político suspeito de desviar verbas

Sílvio Túlio Do G1 GO 

Ex-deputado Tiãozinho Costa acena para a imprensa em Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Parentes do ex-deputado Tiãozinho Costa foram
demitidas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Duas familiares do ex-deputado estadual Tiãzinho Costa (PTdoB), preso suspeito de desviar verbas públicas, foram afastadas dos cargos que ocupavam no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). A mulher do político, Claudiane Freire Carvalho Costa, que é concursada, foi dispensada da função de secretária e atuará em outra área. Já a sobrinha dele, Marina Corrêa Costa Rodrigues, comissionada do órgão, foi exonerada.

Os decretos, assinados pelo presidente do TJ-GO, desembargador Leobino Valente Chaves, foram publicados no Diário da Justiça Eletrônico na quinta-feira (13).

Em nota, a assessoria de imprensa do TJ-GO informou que “diante dos últimos acontecimentos, adotou as providências que entendeu cabíveis”.

Pré-julgamento

O advogado do político e das duas mulheres, Rogério Leal disse ao G1 que suas clientes foram vítimas de um pré-julgamento. Ele revela que ambas foram conduzidas coercitivamente na Operação Compadrio, que investiga o desvio, por serem supostamente servidoras fantasmas, o que é negado por ele.

“É complicado. As duas eram cumpridoras de seus deveres, excelentes profissionais, todos os dias estavam lá. Em momento algum elas deixaram de trabalhar”, conta.

Claudiane atuava como secretária da presidência. Já Marina era assessora jurídica do gabinete da desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis.

Prisões
Além de Tiãozinho, outras oito pessoas foram presas na operação. Eles são investigados por um suposto esquema de desvio de verbas que utilizava servidores fantasmas e empresas laranjas. Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), um ex-assessor do político denunciou as irregularidades.

Documentos apreendidos na Operação Compadrio, deflagrada em Goiânia, Goiás (Foto: Divulgação/ MP-GO)Documentos apreendidos na Operação
Compadrio (Foto: Divulgação/ MP-GO)

A operação contou com o apoio de 36 promotores de Justiça e cerca de 150 policiais militares. Segundo o MP-GO, em Goiânia, foram cumpridas duas prisões preventivas, três temporárias e oito conduções coercitivas.

Promotores e policiais cumpriram um mandado de prisão temporária e um de condução coercitiva em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Já em Araçu, no noroeste goiano, houve uma prisão temporária e duas conduções coercitivas. Em Morrinhos, no sul do estado, executaram duas conduções coercitivas.

Houve uma prisão temporária em São Miguel do Araguaia, no norte de Goiás. Em Uruana, na região central do estado goiano, houve uma prisão temporária e sete conduções coercitivas.

Os suspeitos também são investigados por favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito. Todos os crimes contavam com a colaboração e participação de funcionários públicos.

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