Mateus Rodrigues e Filipe Matoso Do G1 DF e do G1
Duas trabalhadoras rurais que participavam da Marcha das Margaridas, no Distrito Federal, morreram entre a noite desta terça-feira (11) e a madrugada de quarta (12). A informação foi confirmada ao G1 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que informou apenas nome e estado de origem das vítimas.
“Cumprimento as margaridas do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste. As margaridas, extrativistas, pescadoras, quebradeiras de coco, ribeirinhas, quilombolas e indígenas. As margaridas trabalhadoras rurais, assentadas da reforma agrária, agricultoras familiares, que honram a luta da Margarida Alves. Quero também lamentar aqui o falecimento da Maria Pureza, do Sergipe, e a Maria Alzenira, do Piauí. Duas margaridas que nos deixaram”, disse a presidente.
Uma das mulheres, identificada pela Contag apenas como “Maria”, morava no Piauí. Ela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu.
A confederação informou que a outra vítima veio do Sergipe e se chamava Maria Rita. De acordo com a Contag, ela sofreu um infarto fulminante e morreu na concentração das participantes, antes mesmo de ser socorrida. Até as 19h desta quarta, a entidade não sabia informar o nome completo e a idade das vítimas.
A confederação afirmou ao G1 que entrou em contato com os familiares e que vai se responsabilizar pela vinda dos parentes até o DF, para o cumprimento dos trâmites burocráticos.
A Secretaria de Saúde do DF confirmou o atendimento de uma participante da marcha no Hospital Regional da Asa Norte e disse que a vítima morreu na unidade. A pasta afirmou não ter informações sobre a identidade da mulher ou a causa da morte, que só poderá ser confirmada após exame do Instituto Médico Legal (IML).