Raquel Morais Do G1
O secretário-adjunto, José Rubens Iglésias, afirmou que a pasta analisa cada ponto apresentado pelo tribunal. O prazo para resposta aos pedidos de adequação é de 90 dias.
“A gente acredita que, com esses mecanismos, não vamos prejudicar o bom servidor. Ele vai ver que é reconhecido, porque ele não é alcançado por essas ações. O mau servidor, ou o que faz algo irregular, ele é alcançado, porque ele é identificado”, explicou.
O contrato de compra dos equipamentos foi assinado por R$ 6,3 milhões, e a cobertura atualmente é de 86%. Iglésias disse que a meta é instalar mais de cem equipamentos no restante das unidades de saúde, especialmente em áreas rurais, para que os outros 4,5 mil servidores que fazem ponto manual sejam abarcados pelo novo sistema.
O secretário-adjunto afirmou que os diretores regionais começaram a receber relatórios apontando como tem sido o comportamento dos servidores. “Fizemos isso para que a chefia imediata tenha conhecimento da situação”, disse. “Vamos verificar se há conivência com direção das regionais.”
“E estamos entrando, a partir da semana que vem, com auditorias para verificar se as respostas dadas a esses atrasos estão de acordo com a situação”, completou Iglésias. Segundo ele, cinco profissionais já foram identificados por vandalismo aos equipamentos.
Em nota enviada após a publicação desta reportagem, a Secretaria de Saúde afirma que o sistema de biometria alcança 86% dos profissionais e que vai instalar 155 novos leitores, suficientes para o controle de mais 4,5 mil funcionários. No texto, Iglésias afirma que a pasta também estuda mecanismos para “controlar a produção” de cada servidor.
pela Secretaria de Saúde
Falta de planejamento
De acordo com o tribunal, a falta de planejamento gerou uma série de falhas na implantação do sistema. Entre eles estão a inadequação da infraestrutura necessária e falta de contrato de manutenção dos equipamentos.
O órgão também criticou a utilização de uma ata de registro de preços que não atendia à demanda do GDF, reproduzindo quantitativos do Ministério da Saúde — enquanto a demanda local era de 957 máquinas para leitura de cartão e biometria, a federal era de 226 equipamentos biométricos e 33 catracas.
A auditoria constatou ainda que apenas 57% das unidades da rede pública de saúde do DF têm o controle de frequência efetuado por meio de coletores biométricos. O secretário-adjunto, José Rubens Iglésias, disse que os dados condizem com a realidade da época.