A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) afirmou que há indícios de que os assassinatos tenham sido cometidos por um mesmo grupo. O órgão irá avaliar se as mortes têm relação com o assassinato de um policial militar na sexta-feira ou com disputa entre facções criminosas.
“As brigas entre as organizações criminosas não se limitam aos muros dos estabelecimentos prisionais. Infelizmente, é muito comum elas virem para fora desses muros. Pode ser isso. Pode ser vingança? Pode”, disse ao G1 o secretário da SSP, Sérgio Fontes.
De acordo com a CBN, para a Polícia Civil, 17 desses casos são isolados, mas há suspeitas de que os demais homicídios estejam relacionados a um ato de vingança pela morte do sargento da Polícia Militar e também à decapitação de um detento do Instituto Penal Antônio Trindade, na sexta-feira. Segundo a Polícia, uma força-tarefa foi montada para esclarecer a morte do sargento e as disputas internas dos presídios com facções criminosas da cidade.
Em dezembro de 2014, um relatório global para prevenção de violência preparado por agências das Nações Unidas mostrou o Brasil na contra-mão da redução de homicídios do mundo. Em números absolutos, o país apresentou o maior índice de assasinatos no mundo: 64,357, o que equivale a 32.4 mortes para cada 100 mil pessoas.
Nada é descartado
As mortes em série foram relacionadas a um ato de vingança pela morte do sargento da PM, o que não foi descartado pelo secretário de Estado Segurança Pública, Sérgio Fontes, como causa dos homicídios.
“Temos que dar resposta para todas as mortes. Não descartaremos nenhuma possibilidade de investigação”, disse Sérgio Fontes durante coletiva de imprensa realizada na tarde deste sábado (18). “Temos uma disputa interna dentro dos presídios e fora existe brigas entre organizações criminosas”, acrescentou.
Segundo Fontes, testemunhas foram ouvidas e depoimentos foram coletados. “Temos relatos de que teria sido um grupo a bordo de duas motos e um carro que cometeu esses homicídios e mais algumas tentativas de homicídios, em torno de nove (tentativas)”, explicou.
“Iremos ouvir todos os que foram baleados e vamos recolher imagens (de câmeras de segurança)”, finalizou o secretário. As 30 mortes entraram para a lista de crimes a serem desvendados pelos investigadores da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Informações de A Crítica e O Globo.