Da France Presse 

Um grupo rebelde que opera nos arredores de Damasco executou 18 supostos membros do grupo Estado Islâmico e divulgou suas ações em um vídeo que é uma cópia dos produzidos pelos jihadistas do EI.O vídeo de 20 minutos, publicado nesta quarta-feira (1º), mostra os combatentes do Jaish al islam (Exército do Islã em árabe) vestidos com roupas laranjas similares às que o EI obriga seus prisioneiros a usar antes de executá-los.

Os prisioneiros usam preto, uma cor habitual dos militantes do EI, e têm as mãos amarradas e os tornozelos presos. A gravação se parece muito com as produzidas pelo EI e ela recorre aos mesmos efeitos sonoros e visuais.

O Exército do Islã declara no vídeo que estas execuções ocorrem em represália pela decapitação de ao menos três de seus membros durante uma batalha em fevereiro na província de Damasco.

Além disso acusa o EI de ser “um aliado do regime de Bashar al-Assad”, de trair a comunidade sunita e de se aliar aos xiitas e aos “Nuseiri”, termo pejorativo para designar a minoria alauita, à qual Assad pertence.

O vídeo também mostra confissões dos membros do EI, que dizem não ter combatido nunca o exército governamental.

A última parte da gravação mostra os 18 prisioneiros, ajoelhados, enquanto são executados pelos carrascos.

O grupo EI, que ocupa a metade do território sírio, invadiu este país em guerra em 2013 ao não conseguir se fundir com os rebeldes da Frente al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda. Desde então luta contra os outros insurgentes e ao mesmo tempo contra o regime sírio.

Na semana passada, um vídeo mostrou jihadistas do EI decapitando 12 membros de grupos rebeldes, entre eles ao menos três do Exército do Islã e um da Frente Al-Nosra.

A Síria está afundada em uma guerra entre o regime, rebeldes sírios, curdos e jihadistas que tentam se apoderar de parte do território. Mais de 230.000 pessoas morreram nela desde 2011, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).