O grupo terrorista Estado Islâmico fechou a represa de Ramadi, no norte do Iraque, cortando o suprimento de água das cidades que apoiam o governo Baghdad, segundo forças militares locais e moradores da região. Dos 26 portões da barragem no rio Eufrates, o El abre apenas dois ou três em curtos períodos de tempo. A ação é extremamente perigosa, deixando o local mais vulnerável ao ataque das forças extremistas.
O chefe do conselho de segurança da cidade de Khalidiyah, Sheikh Ibrahim Khalaf al-Fahdawi, e outras duas testemunhas contaram em depoimento à emissora norte-americana “CNN” nesta terça-feira que a ação é para impedir o fluxo do rio para de transbordar do lado da represa ocupado pelo El e permitir um maior fluxo de água na cidade de Falluja, controlada pelo terroristas.

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Segundo moradores, o nível de água no Eufrates está tão baixo, que o rio pode ser cruzado a pé, facilitando a invasão das cidades de Husaybah e Khalidiyah por militantes do Estado Islâmico, assim como todas as bases de forças de segurança nas proximidades. Segundo um oficial de segurança, em entrevista à emissora, o nível do rio já baixou mais de 1 metro em alguns pontos.
O fechamento da represa ocorre após a Polícial Federal do Iraque divulgar, nesta quinta-feira, que 800 homens de sua força de elite foram enviados para reforçar as tropas em Anbar na luta contra os terroristas. Este grupo será designado para missões especiais em Ramadi e outras áreas próximas, segundo o Ministro do Interior do Iraque.
De acordo com a ONU, mais de oito milhões de pessoas foram afetadas pelos conflitos armados no Iraque. “A crise no Iraque é uma das mais complexas e em contantes mudanças em todo o mundo”, declarou a coordenadora do órgão no país, Lise Grande. “Parceiros humanitários estão fazendo tudo que podem para ajudar, mas mais de 50% da operação vai ser encerrada se recursos não forem fornecidos imediatamente”, completou Lise.