Reajustes a servidores terão impacto de R$ 2,3 bilhões

 

Os reajustes prometidos a servidores públicos do Distrito Federal na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz e previstos até o final de 2016 representariam um impacto de R$ 2,3 bilhões nas contas públicas, segundo cálculos do GDF. Em entrevista à TV Globo nesta segunda-feira (25), o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que será necessário “aumentar receitas de modo significativo” para custear os aumentos, caso eles sejam mantidos pela Justiça.

“[Os reajustes] terão impacto de R$ 600 milhões ainda neste ano, e algo em torno de R$ 1,7 bilhão no ano de 2016. Portanto, para que tenhamos condições de pagar em dia e integralmente, como queremos fazer, nós precisamos aumentar de modo significativo as receitas do Distrito Federal. Daí a importância dos projetos que encaminhamos à Câmara Legislativa e que contamos com o apoio dos servidores públicos para aprovar”, disse Rollemberg.

Os projetos enviados ao Legislativo desde o início do ano foram agrupados em dois pacotes. O primeiro, nomeado “Pacto por Brasília”, sofreu oposição dos distritais e teve itens vetados, como os projetos que aumentavam o IPTU e extinguiam o IPVA zero no ano da compra do automóvel. O novo pacote foi anunciado no último dia 14, mas os projetos ainda não tinham sido protocolados na Casa até esta segunda.

Entre as propostas, está a criação de uma previdência complementar para os novos servidores, regulamentação da aposentadoria especial, incluindo para deficientes, regulamentação do auxílio-funeral, securitização das dívidas do DF e projeto para venda de ações de estatais e de terrenos do governo.

Reajustes
As 32 leis que determinam os reajustes foram questionadas pelo Ministério Público em uma ação de inconstitucionalidade e devem ser analisadas nesta terça-feira (26) pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF. Os textos preveem aumentos para 31 categorias de servidores ativos e para os aposentados e pensionistas do magistério público.

Na ação, o MP afirma que os aumentos foram concedidos “sem autorização específica da lei de diretrizes orçamentárias e prévia dotação orçamentária, como exige expressamente a Lei Orgânica do Distrito Federal”. O texto também cita o déficit divulgado pelo GDF de R$ 3,5 bilhões em despesas com pessoal até dezembro de 2015.

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