De acordo com a lei, a correção do piso reflete a variação do valor anual mínimo por aluno, definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“Nos últimos anos, as greves foram mais fáceis porque a porcentagem de reajuste era menor. O trabalhador não abre mão, não pode ficar no zero. Com uma inflação de cerca de 8%, não podemos ficar sem reajuste”, diz Marta.
Em Goiás, a greve foi decidida no dia 8 de maio e teve início no último dia 13. Entre os motivos, está a reivindicação do pagamento do piso aos professores, que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), só começará a ser pago pelo estado em agosto. Os trabalhadores reividicam que o cumprimento do reajuste seja retroativo ao início do ano.
No Paraná, os professores estão em greve desde o dia 27 de abril. Eles reivindicam, entre outras pautas, o cumprimento do piso nacional e o recebimento retroativo a janeiro, além do reajuste de 8,14% retroativo à data-base, a realização de concurso público e melhores condições de trabalho. No estado, durante um protesto de servidores, a maioria professor, contra uma lei que alterou o regime de previdência dos servidores estaduais, mais de 200 pessoas ficaram feridas.
No Pará, os profissionais iniciaram a greve no dia 25 de março, pedindo, entre outros pontos, o pagamento retroativo do valor do piso, que somente começou a ser pago em abril, enquanto deveria vigorar desde janeiro. Em Santa Catarina, a greve começou no dia 24 de março. A principal demanda é o plano de carreira. Os professores pedem também o reajuste do piso à carreira, retroativo a janeiro.
Em São Paulo, os professores estão em greve há mais tempo, desde o dia 13 de março, por um reajuste salarial de 75,33%. A porcentagem equivale ao cumprimento da Meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece a equiparação do rendimento médio dos professores ao rendimento médio dos demais profissionais com mesma escolaridade.
O piso salarial subiu de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011, de acordo com números incluídos no site do Ministério da Educação. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451. Em 2013, o piso passou para R$ 1.567 e em 2014 foi reajustado para R$ 1.697. O maior reajuste foi registrado em 2012, 22,22%.
De acordo com levantamento da CNTE, estão em greve também as redes municipais de Maceió, Macapá, Camacã e Lauro de Freitas (BA), Curvelândia, Pedra Preta e Barão de Melgaço (MT).








