Presidente da Indonésia defende pena de morte para estrangeiros

Da France Presse

O novo presidente da Indonésia, Joko Widodo, acena para o povo durante passeio em carro aberto após sua posse em Jacarta (Foto: Achmad Ibraham/AP)
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, acena para o povo durante passeio em carro aberto após sua posse em Jacarta, em outubro de 2014 (Foto: Achmad Ibraham/AP)

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, justificou neste sábado sua decisão de manter a pena de morte aos estrangeiros condenados por tráfico de drogas, entres eles o brasileiro Rodrigo Gularte, convidando os críticos a levar em conta os prejuízos causados pelas drogas em seu país.

“Não prestem unicamente atenção aos traficantes, mas também ao impacto do tráfico de drogas”, declarou o presidente à Al-Jazeera sobre a execução considerada iminente de dois australianos, apesar dos protestos de Canberra.

Os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, condenados à pena capital em 2006 por comandarem uma rede de tráfico de heroína entre Indonésia e Austrália, foram transferidos na quarta-feira para a ilha de Nusakambangan, o que significa que a execução é iminente.

Os dois australianos estão entre os 10 condenados à morte que serão fuzilados em breve, um grupo que inclui réus do Brasil, França, Filipinas, Nigéria e Gana.

“Visitem, por favor, os centros de desintoxicação, onde [os viciados] gritam por causa de seu vício. Temos que ver as coisas de ambos os lados’, acrescentou Widodo, observando que 4,5 milhões de indonésios devem receber tratamento contra o vício.

Assim como a Austrália, Brasil e França intensificaram a pressão sobre Jacarta. Paris convocou o embaixador da Indonésia na França em 17 de fevereiro e a presidente Dilma Rousseff não recebeu as credenciais do embaixador indonésio.

O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, condenado à morte por entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf, está preso na Indonésia desde 2004 e sua família tenta provar às autoridades que sofre de esquizofrenia para evitar o fuzilamento, com a transferência para um centro psiquiátrico.

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