Após quase 4 h, moradores da Fercal liberam a DF-150 e encerram protesto

Do G1 DF 

Moradores da Fercal fecharam a os dois sentidos da DF-150 durante protesto (Foto: Reprodução/TV Globo)Moradores da Fercal fecharam os dois sentidos da DF-150 durante protesto (Foto: Reprodução/TV Globo)

Após quase quatro horas de protesto, moradores da Fercal, na região de Sobradinho, no Distrito Federal, liberaram os dois sentidos da DF-150 às 9h40 desta quarta-feira (28). Segundo a Polícia Militar, cerca de 250 manifestantes bloquearam a via por volta de 6h. O grupo protestou contra a decisão do governo de agregar a administração regional da Fercal com a de Sobradinho II. Eles também pedem melhorias no transporte público e na qualidade da água na região.

O subsecretário de Movimento Sociais e Participação Popular da Secretaria de Relações Institucionais do DF, Acilino Ribeiro, convenceu os manifestantes a liberarem a pista após se comprometer a analisar as demandas da população. Ele afirmou que vai dar uma resposta ao grupo ainda nesta quarta. Representantes da Caesb também devem ir até o local para ouvir os moradores, informou o GDF.

“Chegou a esse ponto de bloquear a estrada porque são demandas reprimidas há muito tempo”, disse o subsecretário. “Nesta terça eles entregaram um documento para o governo. Já está no Palácio [do Buriti]. Vamos analisá-la hoje com representantes dos moradores da Fercal e às 19h vou trazer a resposta.”

De acordo com o administrador da região, Estevão Souza dos Reis, a fusão das administrações ainda não foi decidida. “Nós estamos aqui para dar continuidade. A estrutura existe. Estamos na feira nomeando a equipe para que a população tenha onde ir e reclamar. A Fercal tem uns 50 anos e em 27 dias não dá para resolver todos os problemas já existentes”, afirmou.

Segundo o morador Alexandre Gomes, a população não conta com rede de esgoto ou água tratada nas casas e nem transporte público de qualidade. “A gente não tem nem saneamento básico. Tem uma fábrica que fica jogando poeira. Vai tomar água nas casas, vai sair branca. Ainda cobram um absurdo. Só tem um ônibus e o resto é pirata de uma empresa de Goiás. Como é que a gente transita nisso?”

Quem tentou sair da Fercal para trabalhar, mesmo cedo, não conseguiu chegar ao destino. A doméstica Eliane Silva afirmou que estava desde 5h esperando o ônibus. “Hoje o dia está perdido. Trabalho no Lago Sul. Até chegar, é hora de voltar.”

Após acordo, manifestantes na Fercal retiram pedaços de madeira da pista e liberam a pista para o trânsito de veículos (Foto: Luciana Amaral/G1)Após acordo com governo, manifestantes na Fercal retiram pedaços de madeira da pista e a liberam para o trânsito de veículos (Foto: Luciana Amaral/G1)

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