Servidores da Saúde fazem novo protesto em frente ao Buriti

A crise deixada pelo apagão de gestão do governo Agnelo/Filippelli(PT-PMDB) parece não ter fim.  Tanto que os servidores e funcionários de várias categorias, entre eles médicos e professores, fizeram, nesta quarta-feira (14), uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. Eles cobram do Executivo salários e benefícios atrasados. Durante o protesto, três faixas do Eixo Monumental forma fechadas por meia hora.

Os manifestantes fecharam parte do Eixo Monumental, por volta do meio-dia, até chegar ao Estádio Nacional. Na ocasião, eles cantaram o hino nacional virados de costas para o complexo. Alguns minutos depois, as faixas da avenida foram liberadas.

O GDF recorreu, nesta terça-feira (13), à Procuradoria-Geral do Distrito Federal para solicitar que os servidores da saúde voltam ao trabalho, e evitar que todos os serviços sejam paralisados. De acordo com a categoria, serviços emergenciais estão mantidos

Os servidores receberam, no último sábado (10), os salários relativos ao mês de dezembro, que deveriam ter sido pagos até a última quinta (8). O GDF afirmou ter repassado R$ 409,44 milhões, verba proveniente do Fundo Constitucional depositado pela União. O Sindsaúde confirmou o depósito, mas segue cobrando o pagamento de outras parcelas atrasadas. A categoria também pede que o GDF apresente uma proposta de calendário para os salários e benefícios devidos.

Nesta quarta-feira (14), médicos e enfermeiros que atuam nos postos e hospitais públicos do DF decidiram aderir à paralisação da saúde, iniciada na última sexta-feira pelos servidores de nível médio.

Os atrasos de salários nas áreas de saúde educação no DF é consequência das dificuldades financeiras ao longo do governo Agnelo Queiroz (PT). Segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), o GDF deixou um rombo de R$ 1,2 bilhão de 2013 para 2014. Já entre 2014 e 2015, de acordo com a equipe do governo sucessor, o de Rodrigo Rollemberg, o déficit deixado ultrapassou os R$ 3,5 bilhões.

No final deste mês, o TCDF deve saber se houve irregularidades com os gastos do Distrito Federal que resultaram no atraso dos pagamentos de servidores. “Só devemos ter um dado mais ou menos objetivo no final deste mês para verificar quanto o governo passado gastou e quanto arrecadou e saber se ele cumpriu o Artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou disse o presidente do TCDF, Renato Rainha em entrevista à Agência Brasil, na semana passada.

Segundo Rainha, o dispositivo citado torna ilegal o ato de um governo deixar despesas para uma próxima gestão sem deixar as devidas receitas para o pagamento. “O tribunal está com seu corpo de auditores fazendo analise rigorosa sobre se houve ilegalidades e, se houve, vai apontar os responsáveis e fazer a devida punição”, afirmou.

O presidente do TCDF disse nunca ter visto o GDF com dificuldades financeiras tão graves. “Estou há 40 anos em Brasília e até hoje não me recordo de uma situação tão grave do ponto de vista de gestão pública e de questão orçamentária e financeira como estamos vivendo agora”, avaliou.

O governo anterior de Agnelo Queiroz tem até o dia 31 de janeiro para apresentar as contas de 2014 e até março para apresentar os números dos quatro anos de sua gestão. As contas devem ser analisadas pelo TCDF até julho. Informações do 247 e Agência Brasil.

Gostou? Compartilhe!

Últimas notícias
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore