Na onda dos diversos atos de solidariedade e apoio a liberdade de imprensa, que reuniu milhares de pessoas na capital francesa, franceses como Charlotte Valade, 37, nascida em Paris, e residente no Rio há 12 anos, organizaram o “Somos todos Charlie”, na tradução do português para a expressão mundial após o ataque “Je suis Charlie”, “num ato espontâneo” para um momento em que “todos estão em estado de choque”.
“Esse fundamentalismo atingiu em cheio a liberdade de imprensa”, afirmou Charlotte, que trabalha como fotografa no Rio, mas já atuou como jornalista na França e disse que o clima no país europeu é de total consternação.
No Rio, o clima foi de vigília, com diversos cartazes em que mostram, a exemplo da Europa, as armas das canetas e lápis em forma de fuzil, na representação de que as palavras são as verdadeiras armas.

Foto: André Naddeo / Terra
“Mas o importante é isso, a gente não pode ceder. Vimos todas as rádios, a imprensa mobilizada para fazer com que o Charlie não acabe. O próprio advogado (da revista) disse que é uma promessa que o Charlie irá sair na semana que vem”.
A mesma opinião de Romain Michel, 30, artista plástico, há quatro anos no Rio, que diz ter criado o evento no Facebook “para chamar todo mundo que quer preservar a liberdade de imprensa”. Ele disse estar muito contente já que “é muito bonito ver que muitos brasileiros aderiram e estão chocados com o que aconteceu no meu país”.