Caixa deixado por Agnelo é de R$ 64 mil e não de quase R$ 1 bi

Um levantamento feito pelo gabinete do deputado distrital petista Chico Leite e publicado pelo jornal Correio Braziliense  mostrava que  o GDF tinha uma disponibilidade de quase R$ 1 bilhão. A Conta Única do Tesouro aparece com um saldo positivo de R$ 687 milhões e a Aplicação Financeira de Liquidez Imediata com R$ 307 milhões positivos. “Em nome da transparência, a população do DF precisa conhecer esse valor exato e o governo deve estabelecer prioridades sobre como gastá-lo”, ressaltou o deputado.

Só que técnicos acreditam que o “dinheiro estava em trânsito” e deve ter sido usado para pagamentos do  governo anterior. Como não houve expediente bancário no dia 31 de dezembro, o saldo até que poderia ser o constatado pelo levantamento do Siggo.

Só que o GDF divulgou, na tarde desta segunda-feira (5/1), o extrato bancário de sua conta, mostrando que o saldo é de R$ 64.201,07. A atual administração nega que exista cerca de R$ 1 bilhão em caixa, conforme representantes da administração anterior chegaram a divulgar, com base em informações do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo).A nova administração tem encontrado dificuldades para saldar dívidas, como salários e 13º salários de várias categorias. Até agora, no entanto, os dados sobre a situação não são completamente claros.

Na próxima terça-feira (6/1), os secretários Leonardo Colombini (Fazenda), Leany Lemos (Planejamento, Orçamento e Gestão) e Antônio Paulo Vogel (Gestão Administrativa e Desburocratização) falarão oficialmente a respeito

Reportagem do Correio Braziliense

Equipe de Rollemberg cita caixa “zerado”
Em seminário realizado domingo na Residência Oficial de Águas Claras, a equipe econômica de Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou que o caixa do GDF está “praticamente zerado”. Segundo os socialistas, a situação financeira das contas públicas é “grave” e, para pagar os salários atrasados e aqueles a vencer em 8 de janeiro, há um esforço geral do governo no sentido de viabilizar a antecipação de R$ 412 milhões do Fundo Constitucional. Apesar das dificuldades expostas pela nova composição do Palácio do Buriti, informação do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo) mostra o caixa do Distrito Federal com um saldo positivo de R$ 995.347.576,32.

O Siggo é um instrumento governamental de controle das contas públicas. A ele, fora pessoas do alto escalão do Executivo, todos os deputados distritais têm acesso. O levantamento que identificou a disponibilidade foi feito pelo gabinete do distrital Chico Leite (PT). Nele, a Conta Única do Tesouro aparece com um saldo positivo de R$ 687 milhões e a Aplicação Financeira de Liquidez Imediata com R$ 307 milhões positivos. “Em nome da transparência, a população do DF precisa conhecer esse valor exato e o governo deve estabelecer prioridades sobre como gastá-lo”, ressaltou o deputado.

Os socialistas têm feito de tudo em busca da antecipação dos R$ 412 milhões. Na última semana, o chefe do Executivo local fez um pedido expresso de ajuda ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Cortar mais gastos, como a suspensão da tradicional Corrida de Reis, e aumentar a arrecadação do Estado com aumento na tarifa do transporte público são medidas estudadas pelo Palácio do Buriti para recuperar as finanças do DF.

O chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, contesta os números levantados pela assessoria de Chico Leite. “Na nossa conta, o caixa está zerado. Os números certos serão divulgados nesta semana, possivelmente na terça-feira”, afirmou.

O secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, reafirmou, em entrevista ao Correio, que não há praticamente dinheiro disponível para quitar dívidas. “Esse valor de R$ 995 milhões ainda é referente ao balanço de 2014, que só deve ser fechado entre 8 e 10 de janeiro. Há operações ainda não computadas, por exemplo, o pagamento de servidores no último dia do ano, quando os bancos estavam fechados”, disse.

Mas o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) assegura que o montante é esse mesmo. “Temos um saldo positivo de R$ 995 milhões e o governo está para receber, sem necessidade de apresentar contrapartida, um empréstimo de R$ 500 milhões do Banco do Brasil e outro de R$ 135 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social)”, disse o petista. “Só ficou faltando pagar R$ 113 milhões em 13º salário de quem faz aniversário em dezembro, o que estava previsto para ocorrer no dia 5 de janeiro (hoje)”, acrescentou.

Agnelo também sustenta que tradicionalmente os pagamentos dos salários de dezembro, depositados nas contas dos servidores nos primeiros dias de janeiro, são quitados com a antecipação do duodécino do Fundo Constitucional, ou seja, da primeira parcela repassada pelo governo federal para as áreas de saúde, segurança e educação. “Foi o que ocorreu nos últimos quatro anos”, afirmou.

Colombini disse que o pagamento dos servidores das áreas de saúde, educação e segurança sairão no quinto dia útil do mês. “Posso garantir esse pagamento até dia 8”, explicou.

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