Fred Leão, do R7

De acordo com investigações da Operação Tabuleiro, feita pela Polícia Civil do Distrito Federal para investigar ação de célula do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Entorno do DF, para entrar na facção era preciso passar por um ‘processo seletivo’ também conhecido como ‘batismo’.
Segundo a polícia, quem quisesse entrar para a facção precisava ter uma indicação de algum integrante e também um padrinho que pertencesse ao grupo. O ‘candidato’ ao PCC precisaria ainda passar por entrevistas para ser aceito. Caso o novo integrante fizesse algo considerado como falha, o padrinho e o membro que o indicou também seriam punidos.
A operação prendeu na manhã desta sexta-feira (7)14 suspeitos de integrar a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em cidades do Entorno do Distrito Federal. Outros 13 foram identificados. De acordo com a polícia, o grupo pretendia criar uma ‘filial’ no DF da organização. No Entorno do DF, eles agiam no tráfico de drogas, gerenciamentos de locais de vendas e gerenciamento de subordinados do grupo.
A seleção de novos integrantes tinha o objetivo de fortalecer o grupo e de formar as “filiais” em vários Estados do País. A polícia descobriu também um esquema de hierarquia dentro da facção criminosa, com os gerenciadores das ações.
Segundo a investigação, há um sistema de hierarquia chamado “sintonia final”, o mesmo usado pela cúpula da facção criminosa, no Estado de São Paulo. O objetivo do PCC, segundo a polícia, era implantar o sistema hierárquico nos outros estados de atuação do grupo. As ações no Entorno do DF eram comandadas por três líderes da facção, presos em outros Estados.
As investigações da Operação Tabuleiro começaram há um ano. Além das 14 prisões preventivas, a polícia cumpriu 17 mandados de busca e apreensão. Entre os crimes praticados pelos integrantes do PCC no Entorno estão roubos e tráfico.
Dez contas bancárias foram bloqueadas durante a operação. Celulares e anotações encontradas em presídios, onde estão presos líderes do grupo, foram recolhidos.
Quatro suspeitos de integrar a célula do PCC no Entorno estão foragidos. O objetivo é que a investigação seja concluída em dez dias. Além das cidades de Goiás, que ficam no Entorno do DF, as investigações de células do PCC são feitas no Ceará e em São Paulo.
Foi traçado um quadro de ações, com a hierarquia da organização criminosa. O líder maior do grupo, chamado Marcola, teria comunicação com os outros líderes do grupo por meio de visitas de advogados no presídio. A investigação tratou sobre as divisões do PCC nos Estados .