Do G1,
Agosto e setembro são os dois primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento. Segundo o Imazon, foram monitorados 93% da área florestal na Amazônia Legal. Em 2013, o monitoramento cobriu uma área de 79%. Para fazer as análises, o instituto utiliza o SAD, sistema de alerta de desmatamento e degradação (veja a tabela no site do Imazon).
Evolução do desmatamento entre os estados da Amazônia Legal | |||
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Estado | Agosto e Setembro de 2013 | Agosto e Setembro de 2014 | Variação |
Pará | 84 | 152 | + 81% |
Mato Grosso | 21 | 222 | + 957% |
Rondônia | 88 | 260 | + 195% |
Amazonas | 75 | 132 | + 76% |
Roraima | 1 | 20 | + 1.900% |
Acre | 19 | 51 | + 168% |
Tocatins | – | 1 | – |
Amapá | – | – | – |
Total | 288 | 838 | + 191% |
Fonte: Imazon/SAD |
Procurado, o Ministério do Meio Ambiente informou que não comentaria os números e repassou a atribuição a um órgão ligado ao ministério, o Ibama. O G1 não conseguiu contato com o Ibama até a publicação desta reportagem.
Nos estados
Considerando os dois primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2014 a setembro de 2014), Rondônia lidera o ranking com 31% do total desmatado no período. Em seguida aparece Mato Grosso (26%) e o Pará (18%). Em termos relativos, houve aumento expressivo de 2.699% em Roraima e 939% em Mato Grosso.
Em termos absolutos, Rondônia lidera o ranking do desmatamento acumulado com 260 quilômetros quadrados, seguido pelo Mato Grosso (222 quilômetros quadrados) e Pará (152 quilômetros quadrados).
Em setembro de 2014, segundo o Imazon, o desmatamento concentrou em Rondônia (33%), Pará (23%), seguido pelo Mato Grosso (18%) e Amazonas (12%), com menor ocorrência no Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%).
Degradação florestal
Em setembro de 2014, o SAD registrou 624 quilômetros quadrados de florestas degradadas (florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas). A maioria (97%) ocorreu no Mato Grosso, seguido por Rondônia (2%) e Pará (1%).
Categoria fundiária
A maioria (59%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, em setembro deste ano. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos de reforma agrária (20%), unidades de conservação (19%) e terras indígenas (2%).
Segundo o SAD, foram 73 quilômetros quadrados de desmatamento nas unidades de conservação em setembro de 2014. No caso das terrasindígenas, foram detectados 8 quilômetros quadrados de desmatamento.