Manifestantes abandonam ruas de Hong Kong

Da France Presse

Manifestante pró-democracia observa o nascer do sol de uma rua vazia no distrito Admiralty de Hong Kong. Poucos ativistas permanecem nas ruas. (Foto: Ed Jones / AFP Photo)Manifestante pró-democracia observa o nascer do sol de uma rua vazia no distrito Admiralty de Hong Kong. Poucos ativistas permanecem nas ruas. (Foto: Ed Jones / AFP Photo)
Pequenos grupos de manifestantes pró-democracia durante a manhã desta terça-feira (7) (Foto: Xaume Olleros/AFP)Pequenos grupos de manifestantes pró-democracia durante a manhã desta terça-feira (7). (Foto: Xaume Olleros / AFP photo)

Os manifestantes abandonavam nesta terça-feira (7) as ruas de Hong Kong, onde permaneciam apenas pequenos grupos, após a decisão dos líderes estudantis de dialogar com o governo diante da pressão da opinião pública.

Entre 200 e 300 manifestantes seguiam na manhã desta terça-feira em três pontos de concentração, onde há alguns dias se reuniam milhares de pessoas.

A vida em Hong Kong começou a voltar à normalidade na segunda-feira, com a reabertura das escolas e o retorno ao trabalho de boa parte da população, incluindo 3 mil funcionários públicos que tiveram acesso à sede do governo.

Mas algumas ruas permaneciam bloqueadas nesta terça, o que levou várias linhas de ônibus a procurar rotas alternativas, congestionando o trânsito e lotando o metrô.

O movimento pró-democracia obteve o apoio de boa parte da população, mas após oito dias de paralisia em Hong Kong os habitantes perderam a paciência.

Os estudantes, que se reuniram na noite de segunda-feira com um representante do governo para “discussões preliminares” sobre a abertura do diálogo oficial, aceitaram desbloquear as ruas.

“Teremos várias rodadas de negociações”, explicou Lester Shum, subsecretário-geral da Federação de Estudantes de Hong Kong, uma das promotoras da mobilização.

Ray Lau, encarregado do governo de Assuntos Constitucionais e do Continente, manifestou sua esperança de que haja “respeito mútuo” nas negociações, que devem começar esta semana.

Hong Kong atravessa a pior crise política desde a devolução à China, em 1997.

Apesar de a China concordar em estabelecer o sufrágio universal na próxima eleição ao Executivo do território autônomo em 2017, pretende manter o controle das candidaturas, uma proposta inaceitável para o movimento pró-democracia.

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