Do R7
Por causa da violência, os ônibus estão deixando de circular mais cedo nas cidades da Grande Florianópolis. Às 20h desta terça-feira (30), já não havia mais coletivo na rua. Muitos moradores foram pegos de surpresa e não sabiam o que fazer.
Ainda na noite de ontem, um suspeito morreu durante confronto com a polícia. Em Joinville, testemunhas disseram ter visto cinco homens atearem fogo em um ônibus e fugirem de bicicleta.
Pela manhã, um outro coletivo já havia sido incendiado em Florianópolis. O motorista e o cobrador tiveram de quebrar os vidros para escapar das chamas.
Além dos ônibus, quatro viaturas, seis casas de policiais e cinco bases de polícia foram atacadas. Segundo a PM, 14 suspeitos foram presos.
As investigações trabalham com três possibilidades para justificar os ataques. A primeira hipótese é uma ação de grupos criminosos contra sessões de tortura que aconteceriam dentro das prisões. A segunda é provocar tumulto às vésperas da eleição. Por último, seria uma represália a ações de policiais de combate ao narcotráfico.
Onda de ataques
Esta é a terceira vez que uma onda de ataques é registrada em Santa Catarina. Outros ataques aconteceram em 2012 e 2013, quando a PM registrou ataques a várias cidades catarinenses, a maioria contra ônibus e imóveis da segurança pública. Em maio deste ano, a Justiça condenou 80 pessoas pelas duas ondas de atentados criminosos.