Presos no DF bancavam vida de luxo com dinheiro de golpes, diz polícia

Do G1 

Documentos falsos apreendidos pela Polícia nesta segunda (22) (Foto: Gabriel Luiz/G1)Documentos falsos apreendidos pela Polícia nesta segunda (22) (Foto: Gabriel Luiz/G1)

A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (22) dois homens suspeitos de aplicar golpes em bancos do Distrito Federal. A dupla era do Rio de Janeiro e vinha regularmente a Brasília havia quatro meses. Na capital, eles alugavam carros e apartamentos em áreas nobres de Brasília. De acordo com a polícia, os gastos eram pagos com o dinheiro dos golpes.

Os dois homens foram presos em flagrante nesta tarde na Asa Sul ao tentar abrir uma conta em um banco com documentos falsos e subornar policiais. Os suspeitos abriam contas em bancos e depois sacavam o dinheiro do crédito pré-aprovado, segundo a polícia.

Na última sexta-feira (19), um dos suspeitos tentou aplicar o golpe em uma agência do Banco do Brasil. Ao desconfiar dos documentos apresentados, um funcionário do banco acionou o setor de segurança da empresa. A Polícia Civil foi alertada. Nesta segunda, o homem, que se dizia modelo, foi chamado para assinar um contrato, mas foi preso em flagrante por uso de documento falso e falsidade ideológica.

O outro suspeito de envolvimento na fraude, que se dizia dentista, foi chamado a testemunhar em favor do modelo, mas tentou subornar os policiais a caminho da delegacia. Segundo a polícia, ele ofereceu R$ 10 mil para que os dois fossem liberados, mas acabou preso em flagrante por corrupção ativa.

Pelas imagens que analisamos no celular deles, podemos ver que sobrevivem do golpe há bastante tempo. Por exemplo, um sempre vinha de avião, alugava apartamento no Sudoeste, alugava carro. O dinheiro do golpe servia para sustentar esse padrão.”
Delegado Luciano Guimarães

Em depoimento à Polícia Civil, o dentista disse que vinha a Brasília com frequência nos últimos quatro meses para aplicar golpe em bancos do DF. De acordo com a polícia, ele conseguiu sacar o crédito de pelo menos seis contas diferentes. Segundo o delegado Luciano Guimarães, o Distrito Federal foi escolhido pelos autores por apresentar “grande número de agências”.

O golpe era aplicado com documentos falsos – que traziam nomes diferentes, mas sempre a mesma foto. O dentista disse que esse foi o primeiro envolvimento do modelo no esquema e que ele usaria o dinheiro em um curso de qualificação.

Para o delegado Guimarães, os dois homens mantinham um “alto padrão de vida”. “Pelas imagens que analisamos no celular deles, podemos ver que sobrevivem do golpe há bastante tempo. Por exemplo, um sempre vinha de avião, alugava apartamento no Sudoeste, alugava carro. O dinheiro do golpe servia para sustentar esse padrão.”

A Polícia Civil do DF pedirá à Justiça a quebra de sigilo bancário dos dois homens. Também entrará em contato com a polícia do Rio de Janeiro para saber se os suspeitos têm antecedentes criminais. Por causa da falta de informações, o delegado ainda não soube estimar o valor total que os dois homens desviaram.

Eles serão transferidos ao Departamento de Polícia Especializada, onde ficarão presos até decisão da Justiça. O dentista pode pegar no mínimo 17 anos de prisão e o modelo,11 anos de prisão.

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