Funcionários da USP aceitam proposta da Justiça

Do G1

Em greve há mais de cem dias, funcionários da Universidade de São Paulo (USP)  aceitaram nesta segunda-feira (8) a proposta do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) que prevê pagamento de bônus de 28,6% e reajuste de 5,2% em duas vezes. A assembleia reunida em frente à reitoria foi suspensa nesta tarde enquanto diretores discutem a pauta com a direção da universidade. Uma audiência de conciliação está marcada para a próxima quarta-feira (10)  no TRT.  Os trabalhadores querem garantia de que não haverá punição ou compensação de horas aos grevistas.

A USP realizou na quinta-feira (4) o pagamento do salários dos servidores que deveriam ter sido pagos em 5 de agosto. A medida ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar o pedido da USP para suspender a ordem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2) que determinou, na segunda-feira (1º), que a instituição fizesse o pagamento dos salários em 48 horas e que se abstivesse de praticar novos descontos de salários dos grevistas, sob pena de multa de R$ 30 mil por dia de atraso

O diretor do Sindicato dos Servidores da USP, Magno de Carvalho, disse  que foram pagos salários de julho e agosto, mas ficaram faltando pagamentos relativos ao vale-refeição e vale-transporte.

Os grevistas reivindicavam um reajuste salarial de 9,78%, mas o índice do dissídio ainda segue em análise para julgamento, de acordo com o TRT.

A greve de docentes e funcionários da universidade começou em 27 de maio e já é a mais longa dos últimos dez anos. As três categorias da USP reivindicam a derrubada do congelamento de salários proposto pelos reitores da USP, da Unesp e da Unicamp, que negociam com os sindicatos por meio do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).

Desde 4 de agosto, os servidores protestam contra o desconto dos dias parados. Cerca de 300 grevistas fecharam a entrada da reitoria e bloquearam também o Centro de Práticas Esportivas, ao Departamento de Tecnologia e Informação, à Administração Central e à Prefeitura do Campus. Os restaurantes centrais e as três creches também foram fechados. No dia 5 de agosto, manifestantes acamparam no campus.

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