“O pessoal do sindicato vem aqui para aliciar funcionários, porque são dois sindicatos que brigam para ganhar filiados. Eles vêm para fazer a conscientização e para fazer a filiação dos frentistas ao sindicato deles”, diz. “Eu disse que o posto é muito movimentado e que se eles quisessem fazer a filiação poderiam usar uma sala em outro horário, mas ele [o sindicalista] se sentiu ofendido.”
Ao parar de bater no carro, o gerente caminha em direção a um sindicalista que grava a cena com um celular. “Vai continuar filmando? Continua filmando. (…) Eu sou quase doido”, diz.
O tesoureiro do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviço de Combustíveis e Derivados de Petróleo do DF, William Ferreira, disse que a categoria fazia uma ação de fiscalização da lei distrital que só permite que os frentistas abasteçam o tanque dos carros até o limite automático.

“Fomos no posto fazer a campanha, e o gerente nos proibiu de filiar os frentistas aos sindicatos”, disse Ferreira. “Ele disse que quem mandava no posto era ele e não iria deixar a gente conversar com os funcionários. Então colocamos o carro do sindicato na entrada do posto, bloqueando parcialmente a entrada, quando o gerente ameaçou quebrar o carro com um rodo grande do posto.”
O tesoureiro disse que os sindicalistas acionaram a PM, que levou o gerente para a delegacia. Ele foi ouvido e liberado depois. O sindicato vai cobrar o gerente e o posto pelos danos no carro. Além dos vidros, a lataria do veículo ficou amassada.