Do G1
Uma explosão em uma subestação da CEB no subsolo do Shopping Conjunto Nacional, em Brasília, deixou dois funcionários da empresa feridos na manhã desta segunda-feira (25). Testemunhas disseram que viram as vítimas sendo socorridas com várias queimaduras pelo corpo.

explosão (Foto: Isabella Formiga/G1)
Os feridos foram levados ao Hospital Regional da Asa Norte. O tenente-coronel Luciano Guimarães, do Corpo de Bombeiros, disse que um ferido está em estado grave. Ele teve 90% do corpo queimado. A outra vítima teve queimaduras em 15% do corpo.
Guimarães disse que a causa da explosão só será divulgada após a realização da perícia. “O que podemos dizer é que durante o trabalho de manutenção houve algo que provocou um curto-circuito seguido de explosão e incêndio”, disse. “A voltagem da subestação chega a 13 mil volts, é muito alta. Qualquer curto-circuito tem impacto de grande potencial.”
O acidente, que ocorreu por volta das 9h45, deixou o centro comercial sem energia e causou o fechamento de lojas. O Corpo de Bombeiros interditou o acesso ao subsolo do edifício. Sete carros dos bombeiros e duas ambulâncias foram deslocados para o local.
Às 11h15, apenas uma das saídas de carros do estacionamento pago do shopping estava aberta. Segundo o vigilante que trabalha no local, a saída de veículos só seria liberada com autorização da CEB. No estacionamento descoberto, era possível sentir o cheiro de queimado que vinha do subsolo do prédio.
A cliente Milena Aparecida diz que chegou ao shopping no momento da explosão. “Senti o chão tremer. Falei: ‘Nossa o que é isso?’ O guarda disse que era normal por causa do metrô [a Estação Central fica a cerca de 300 metros do local da explosão]”, disse. “A luz apagava e voltava no shopping.”

Funcionária de uma loja do térreo, Elisangela Macedo disse que os problemas de falta de energia no prédio são comuns. “O equipamento da CEB aqui é muito antigo. As lojas ficavam sem luz com frequência e fecharam num domingo para consertarem o problema no gerador. Esse problema com essa energia não é de hoje.”
“Já perdemos o dia várias vezes sem trabalhar por causa da energia”, disse. “Prejudica nossa produção, a gente trabalha por comissão”, afirmou.