Líder na pesquisa, Arruda começou o dia ontem com caminhada na Feira Permanente do Gama e no setor Leste da cidade. De tarde, continuou na região, onde fez uma série de reuniões com apoiadores e candidatos para as eleições proporcionais. Ao Correio, ele disse que acredita que a eleição poderá ser decidida em cinco de outubro. “Confio na vitória no primeiro turno, mas sei que isso depende de muitos fatores e mantenho o pé no chão com humildade. Fiquei feliz com o resultado, mas sei que ninguém ganha de véspera e que a campanha será muito difícil”, diz. Embora prefira não palpitar sobre o cenário a partir das propagandas nos meios de comunicação, ele admite manter cautela. “Se a pesquisa diz isso (polarização) eu imagino que esteja certo. Mas não podemos esquecer que quem é candidato a reeleição tem sempre o poder nas mãos e muita força”, ressalta.

Agnelo esteve no Taguaparque para uma carreata e também compareceu a uma reunião com representantes do Sindicato de Clubes e Promotores de Lazer e Esportes do DF (Sinlazer). De tarde, foi a um ato organizado por jovens apoiadores, no Teatro Dulcina. Para o coordenador da campanha, Raimundo Júnior, os números divulgados ontem coincidem com as outras projeções a que o partido teve acesso. “Vemos que há um cenário de dois turnos sem a ameaça de empate com o terceiro colocado”, analisa. “Daí, segundo turno é outra eleição. As forças progressistas da cidade vão se posicionar a nosso favor, inclusive aqueles que estiveram conosco em 2010”, acredita. Mas, para o petista, a polarização entre Arruda e Agnelo deve se acentuar na televisão. “Não há espaço para o crescimento do Rodrigo”, aposta.

O senador socialista Rodrigo Rollemberg (PSB), que aparece com 11,9% da preferência, chegou cedo à Feira do Produtor, e à Feira do Guarapari, ambas em Ceilândia. Ainda de manhã, reuniu-se no Jardim Botânico para discutir a regularização e compareceu à Corrida dos Advogados, na Torre de TV de tarde. Hélio Doyle, coordenador de campanha, discorda dos resultados. “O Rodrigo está três pontos à frente do Agnelo nas pesquisas com as quais trabalhamos. O Arruda fica em primeiro, mas com menos vantagem”, ressalta. Para ele, o senador ainda deve subir nas pesquisas. “A indicação de que o Rodrigo seja a segunda opção da maior parte do eleitorado pode ser traduzida pelo sentimento que temos de que, à medida que a campanha ganha força, mais eleitores aderem a nós”, acrescenta. A aposta da campanha de Rollemberg é de que, durante a TV e o rádio, essa polarização diminua e o viés de alta do candidato do PSB aumente.

Toninho (PSol) também apostou em visita à Feira do Produtor, em Ceilândia. Depois, seguiu para Planaltina, onde reuniu-se com assentados para discutir a reforma agrária no Distrito Federal. De manhã, ainda participou de debate com representantes da classe artística de dança do DF e terminou a agenda em Brazlândia e São Sebastião, onde se reuniu com apoiadores. Para Alexandre Varela, coordenador da campanha, a indicação de um melhor desempenho do candidato na região central de Brasília e entre os mais educados era esperado. “Esses números se comparam a 2010, onde o Toninho, inclusive, ganhou de Agnelo na Asa Norte”, afirma.

Pitiman (PSDB) teve nove compromissos. Começou com panfletagem e caminhada na Feira de Brazlândia. Às 11h, inaugurou o comitê de Taguatinga Norte e, às 13h, visitou a Feira Central de Ceilândia. Também teve almoço na Praça do Bicalho, em Taguatinga, e se reuniu com universitários em Arniqueiras. Compareceu à Corrida do Advogado, ao Araiá Gospel de Sobradinho e ao Maior São João do Cerrado. “Como sou o único que não disputou nenhum pleito, é natural não estar entre os primeiros. A partir de 19 de agosto, teremos melhores indicadores, com uma avaliação mais critica e valorosa da população”, acredita. Para ele, a polarização tende a diminuir. “Esse resultado é reflexo da carreira política que cada candidato fez no DF”, opina.