Foto: Lefteris Pitarakis / AP
Israel pagará um “alto preço” por lançar uma invasão terrestre da Faixa de Gaza, advertiu o movimento palestino Hamas esta quinta-feira.
“O início do ataque terrestre israelense em Gaza é um passo perigoso, com consequências ainda imprevisíveis”, disse o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, em um comunicado.
“Israel pagará um alto preço e o Hamas está pronto para o confronto”, acrescentou.
O exército israelense lançou nesta quinta-feira uma operação terrestre na Faixa de Gaza, no 10º dia de ofensivas aéreas que deixaram 241 mortos, a maioria civis.
“O primeiro-ministro e o ministro da Defesa ordenaram na noite desta quinta-feira ao Exército o começo de uma operação terrestre”, anunciou o gabinete do premiê, Benjamin Netanyahu, em um comunicado.
“A decisão foi aprovada pelo gabinete de segurança, depois da recusa do Hamas de aceitar o plano egípcio de cessar-fogo e da continuidade de disparos de foguetes contra Israel”, acrescentou o gabinete do premiê.
Antes do anúncio da operação terrestre pelo Exército, Washington havia pedido a Israel para “redobrar dos esforços para evitar fazer vítimas civis”, enquanto os bombardeios aéreos cobraram, ainda nesta quinta-feira, a vida de muitas crianças depois de uma breve trégua humanitária.

Em um comunicado, o ministério francês de Relações Exteriores, destacou que “a França reforça sua grande preocupação sobre a decisão israelense de lançar uma intervenção terrestre em Gaza”.
“Pedimos a Israel que exerça a maior moderação” pois “é essencial proteger as populações civis e evitar novas vítimas”, acrescentou a porta-voz do ministério, Romain Nadal, em um comunicado.
A operação terrestre que o exército israelense lançou nesta quinta-feira em Gaza não tem a intenção de derrubar o governo do movimento islamita Hamas na faixa, garantiu o porta-voz militar.
“O objetivo é minguar as capacidades militares do Hamas. Não foi definido como objetivo derrubar o governo do Hamas”, afirmou o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar para a imprensa estrangeira, em telefonema com um reduzido grupo de jornalistas.