Rollemberg é a nova política? Adversários rebatem candidato do PSB


Correio Braziliense
No primeiro fim de semana após o início da campanha, os candidatos ao Governo do Distrito Federal apostaram as caminhadas em mercados públicos de diversas regiões administrativas e começam a semana com a expectativa de que o debate eleitoral passe a ocupar o centro das atenções da população a partir de agora, com o fim da Copa do Mundo. O que também repercutiu entre os postulantes ao Palácio do Buriti foi a entrevista concedida ao Correio pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB), que se apresenta como a principal alternativa à candidatura do governador Agnelo Queiroz (PT) e do ex-governador José Roberto Arruda (PR). As declarações de Rollemberg foram criticadas pelos adversários do candidato ao GDF.

Arruda e Agnelo não quiseram comentar as declarações do senador. Coube ao presidente do DEM-DF, Alberto Fraga, e ao do PT-DF, Roberto Policarpo, candidatos a deputado federal, rebater as críticas de Rollemberg. “Ele pode tentar, mas não engana a população. Rollemberg não tem histórico de ser um bom gestor nem de cumprir acordos. O que ele quer é aproveitar o momento, mas sequer merece ser considerado uma terceira via”, criticou Fraga, aliado de Arruda. Para ele, o voto dado a Rollemberg divide a esquerda e não altera os planos da coligação encabeçada pelo candidato do PR. “Para mim, ele é tão ineficiente quanto o Agnelo e, nas pesquisas, um só sobe quando o outro desce nas intenções de votos”, disse.

Policarpo (foto) diz que a candidatura de Rollemberg atrapalha o crescimento dos partidos de esquerda. “Esse discurso que o PSB prega tanto no DF, com o Rollemberg, quanto nacionalmente, com a campanha de Eduardo Campos, serve mais à direita, pois divide o campo da esquerda. Além disso, Rollemberg se apresenta ao eleitorado de forma gelatinosa, sem conteúdo. Tudo o que ele quer implementar nós já fizemos”, afirmou. Ele também acusou o adversário de se lançar ao governo apenas porque “não tem nada a perder”. “Basta comparar, em todas as áreas, as nossas conquistas para ver que mudamos Brasília. Ele tem que sair do vazio que são suas propostas”, criticou.

Toninho do PSol não poupou também críticas ao cabeça de chapa socialista. Ele lembrou o fato de o PSB, de Rollemberg ter feito parte do governo de Agnelo Queiroz, entre 2010 e 2011, e criticou a formação de sua aliança. “Ele tem que explicar como um partido como o PSB se alia ao PSD de Gilberto Kassab, que é sensivelmente contrário em suas posições às do PSB e PDT”, citou.

Para Toninho, no entanto, a entrevista foi proveitosa. “Ela trouxe muitos elementos sobre o que pensa o candidato e ele está no papel dele de começar a esquentar a sua corrida eleitoral, mas ele não explicou de onde sairão os R$ 30 milhões que ele disse que usará em sua campanha. No país, temos uma cultura de que grandes empresários recebem todas as doações de volta em benefícios e contratos”, alfinetou.

Na primeira eleição ao Palácio do Buriti, o deputado Luiz Pitiman (PSDB) contesta a forma como Rollemberg se apresenta. O tucano acredita que a sua candidatura, na verdade, é que representa a novidade nas eleições. “Quem tem um quarto de século na política não pode se apresentar como o novo, ainda mais aliado a ex-governadores, Rosso e Cristovam. Que novo é esse?”, questiona.

Na entrevista, Rollemberg afirma que a população não quer mais uma volta ao passado, relacionado a Arruda, tampouco manter a situação atual, da gestão de Agnelo Queiorz. “Não há dúvida alguma de que, entre as opções colocadas hoje no cenário político, minha candidatura representa uma nova política”, disse ao Correio.

 

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