Maurílio Mendonça e Rita Bridi, A Gazeta
E pior: o Espírito Santo é o quarto, no Brasil, com o menor investimento em rodovias, atrás de Ceará, Paraná e Piauí. Foram R$ 40.046 aplicados, no ano, por quilômetro de via. O primeiro colocado, o Acre, destinou R$ 174,8 mil.
A comparação das vias federais, entre outros dados estatísticos, foi feita pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), dentro da 15ª edição da Pesquisa de Rodovias. O Estado, por sinal, teve 22 trechos avaliados, dez como regular, sete como ruim e três como péssimo.
Duas vias conseguiram uma avaliação positiva: o trecho da ES 060 em concessão à Rodosol, avaliado como ótimo; e a própria BR 101, classificada como boa – graças ao recapeamento que a via sofreu em 2010, antes da pesquisa.
“A realidade já é outra”, frisa o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Halpher Luiggi. “Não que a situação tenha melhorado muito, mas a instalação de alguns radares deu mais segurança”, diz.
No quesito qualidade, ele acredita que a privatização da rodovia vai mudar a situação, assim como a duplicação da BR 262, prevista para começar até 2013; e a melhoria do pavimento da BR 259, já para o ano que vem.
Em vias estaduais, todas com avaliação de péssimo a regular, a mudança também já aconteceu, segundo o secretário estadial de Transporte e Obras Públicas, Fábio Damasceno.
“Vamos destinar R$ 500 milhões em vias estaduais, com um programa rodoviário que inclui novas vias e melhorias nas atuais”, diz Damasceno.