BR 101 entre as piores rodovias no país

Maurílio Mendonça e Rita Bridi, A Gazeta

A segunda via mais perigosa do país está no Espírito Santo. O trecho da BR 101, entre as divisas de Rio de Janeiro e Bahia, teve 94 acidentes com mortos e 1.272 acidentes com feridos, registrados em 2010. Quantidade suficiente para classificar a via como segunda colocada no ranking de periculosidade.

E pior: o Espírito Santo é o quarto, no Brasil, com o menor investimento em rodovias, atrás de Ceará, Paraná e Piauí. Foram R$ 40.046 aplicados, no ano, por quilômetro de via. O primeiro colocado, o Acre, destinou R$ 174,8 mil.

A comparação das vias federais, entre outros dados estatísticos, foi feita pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), dentro da 15ª edição da Pesquisa de Rodovias. O Estado, por sinal, teve 22 trechos avaliados, dez como regular, sete como ruim e três como péssimo.

Duas vias conseguiram uma avaliação positiva: o trecho da ES 060 em concessão à Rodosol, avaliado como ótimo; e a própria BR 101, classificada como boa – graças ao recapeamento que a via sofreu em 2010, antes da pesquisa.

“A realidade já é outra”, frisa o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Halpher Luiggi. “Não que a situação tenha melhorado muito, mas a instalação de alguns radares deu mais segurança”, diz.

No quesito qualidade, ele acredita que a privatização da rodovia vai mudar a situação, assim como a duplicação da BR 262, prevista para começar até 2013; e a melhoria do pavimento da BR 259, já para o ano que vem.

Em vias estaduais, todas com avaliação de péssimo a regular, a mudança também já aconteceu, segundo o secretário estadial de Transporte e Obras Públicas, Fábio Damasceno.

“Vamos destinar R$ 500 milhões em vias estaduais, com um programa rodoviário que inclui novas vias e melhorias nas atuais”, diz Damasceno.

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