Brasília 247 – Em poucos dias, a candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal causou um rebuliço na cena pré-eleitoral. O apoio ao ex-governador causou conflitos internos em dois importantes partidos e colocou no telhado as aspirações de uma importante líder da política loca. De um lado, o presidente do DEM-DF, Alberto Fraga, “incansável companheiro” de Arruda, subiu no palanque do PR sem avisar à executiva nacional do partido. Do outro, a deputada distrital Eliana Pedrosa, presidente do PPS-DF, deixou de lado sua candidatura ao Palácio do Buriti, oficializada em convenção, e negociou a entrada na na chapa do PR como vice de Arruda. A direção nacional do PPS desaprovou e, no contra-ataque, designou Adão Cândido para vice de Luiz Pitiman (PSDB).
Há três dias do término do prazo para registro de candidaturas, está indefinida a situação de Eliana Pedrosa (PPS). Perdeu a condição de candidata ao governo por seu partido e, segundo o colunista Cláudio Humerto, estuda opções no campo jurídico para se manter aliada de Arruda, já que seu partido é terminantemente contra. Ontem (1º), o presidente nacional do PPS afirmou ao 247 que Eliana ainda poderia levar à frente uma candidatura parlamentar distrital ou federal pela legenda.
A executiva nacional do DEM, que expulsou Arruda em 2009, comunicou ao partido no DF que não aceita apoiar Arruda, mas permitirá “coligação proporcional” para tentar ajudar seu presidente regional, Alberto Fraga, a se eleger deputado federal, informa a coluna do Cláudio Humerto.
Primeiro governador a ser preso, em 2010, por envolvimento em esquema chamado “mensalão do DEM”, de caixa dois e distribuição de propina no DF, Arruda aparece em primeiro lugar nas mais recentes pesquisas de intenção de voto. Segundo o Instituto Veritá, o candidato do PR tem 26,5%, enquanto o atual governador, Agnelo Queiroz (PT), tem 13%, e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), 8,7%.
Em convenção realizada no último domingo (29), Arruda contabilizou também o apoio da família Roriz, representada na ocasião por Dona Weslian e pela deputada federal, Jaqueline (PMN).
