Forças Armadas decretam lei marcial na Tailândia

O Globo, com  agências internacionais 


Líder da oposição tailandesa, Suthep Thaugsuban (direita) comanda marcha no Monumento à Democracia, em Bangcoc. Manifestações contra o governo e crise política levaram militares a decretar lei marcial no país
Foto: ATHIT PERAWONGMETHA / REUTERS

Líder da oposição tailandesa, Suthep Thaugsuban (direita) comanda marcha no Monumento à Democracia, em Bangcoc. Manifestações contra o governo e crise política levaram militares a decretar lei marcial no país ATHIT PERAWONGMETHA / REUTERS

BANGCOC — O exército tailandês anunciou nesta segunda-feira a imposição da lei marcial no país, sob a alegação de que a medida seria necessária para “preservar a ordem e a paz”. A medida surge após mais de seis meses de protestos contra o governo e crise política.

No início do mês, um tribunal ordenou que a primeira-ministra tailandesa Yingluck Sinawatra e vários membros de seu gabinete renunciassem. Ela foi substituída pelo antigo ministro do Comércio, Niwatthamrong Boonsongphaisan. O governo era favorito nas eleições de fevereiro, que foram declaradas inconstitucionais. Novas eleições foram marcadas para 20 de julho, nas a oposição promete boicotar o pleito novamente. Nesta segunda, Boonsongphaisan voltou a afirmar que não renunciará, afirmando que isso seria “um ato de negligência contrário à Constituição”.

Falando anonimamente a agências internacionais, um membro das Forças Armadas assegurou que a imposição da lei marcial não representa um golpe de Estado, e que a função do Exército é “garantir a segurança da população para que ela possa seguir com a vida normalmente”.

A crise política na Tailândia começou quando o irmão de Yingluck, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, foi derrubado por um golpe de Estado, depois de ser acusado de corrupção, abuso de poder e desrespeito ao rei Bhumibol Adulyadej. Seus apoiadores, conhecidos como “os camisas vermelhas” têm realizado atos políticos nos arredores de Bangcoc, aumentando as preocupações de possíveis confrontos com manifestantes antigoverno.

 

Tags:

Gostou? Compartilhe!

Últimas notícias
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore