Do G1
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) vai julgar na tarde desta sexta-feira (2) se a greve dos metroviários, que já dura cerca de um mês, é ou não abusiva.
Os metroviários estão em greve no Distrito Federal desde 4 de abril. A categoria reivindica reajuste salarial de 10%, redução da jornada de trabalho para seis horas e previdência complementar.
A greve já havia sido avaliada pelo Ministério Público do Trabalho, que não identificou conduta abusiva do movimento, mas pediu o retorno às atividades em razão da duração da greve e à “natureza das atividades exercidas pela categoria profissional”. Na última terça (29), o processo foi levado para o gabinete da desembargadora revisora do processo, Elke Doris Just.
A paralisação chegou a ser suspensa entre os dias 10 e 13 doe abril, após reunião entre a direção do Metrô DF e representantes do Sindicato dos Metroviários. No dia 16, o governador Agnelo Queiroz disse que os metroviários em greve terão descontados os dias em que não trabalharem
Entre as propostas apresentadas pelo Metrô-DF à categoria estão reajuste salarial e de benefícios com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e implantação de plano de previdência complementar até 31 de março de 2015. A companhia também diz que mantém reuniões semanais com representantes do sindicato.
No último dia 15, o TRT determinou que 50% dos trens permaneçam em operação.
O secretário de Administração Pública do DF, Wilmar Lacerda, afirma que a greve não tem justificativa e prejudica a população que necessita do serviço diariamente. A diretora do sindicato da categoria Tânia Viana, porém, diz não ver motivos para o pedido de abusividade da greve feito pelo GDF. Ela também critica a manutenção dos trens e das estações do metrô.