Para quem sofre de artrite reumatoide, parar de sentir dores nas articulações pode ser uma verdadeira saga, muitas vezes sem perspectivas de melhora. A bióloga Rosanne Martins estudou a doença e desenvolveu programa de orientação para que pacientes montem dietas que ajudam o próprio organismo a se curar, retirando da mesa alimentos que podem propiciar as dores.
A doença autoimune, crônica e degenerativa, produz inflamações nas conexões entre os ossos. Como acontece com grande parte destes males, não se sabe dizer, com certeza, a causa clínica dos sintomas.

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Segundo as pesquisas da bióloga, ela própria vítima da artrite, o mal pode ser causado pela Síndrome do Intestino Permeável — disfunção que acomete pessoas que sofrem com doenças autoimunes.
Portadores da síndrome têm trato intestinal com paredes mais porosas, o que permite a passagem de proteínas não digeridas para o sangue. Essas partículas são interpretadas pelo organismo como corpos estranhos, o que faz o sistema de defesa ser acionado para combatê-las, desencadeando inflamações nos pontos em que elas ficam retidas.
“Como a circulação de sangue nas articulações é mais difícil, essas proteínas ficam estagnadas no líquido sinovial dos tendões, originando as dores”, explica Rosanne, acrescentando que é necessário descobrir que alimentos o corpo tem dificuldade de digerir e cortá-los da dieta.
Uma nova turma online do programa de aconselhamento de Rosanne começa amanhã. O interessado deve acessar o site http://goo.gl/m87eXA, e enviar nome, endereço, profissão e contatos. O investimento é de R$ 450.
O laboratório Labor Labis (www.laborlabis.com.br), de São Paulo, é o único que faz teste de sangue capaz de identificar alimentos, aditivos e conservantes que podem causar hipersensibilidade.
Exemplo de cardápio que faz bem
A nutricionista Stella Besso confirma que pacientes com hipersensibilidade a determinados alimentos precisam cortá-los do prato temporariamente. “Para aliviar as dores originadas pela artrite e reumatismos, é necessário restringir os alimentos que aumentam a inflamação e incluir os que amenizam o processo”, explicou ela.
Entre os recomendados estão: peixes ricos em ômega 3 (sardinha, salmão, anchova), frutas vermelhas (morangos, framboesa, jabuticaba, açaí, gojiberry), lactobacilos (iogurtes, leites fermentados, kefir, miso), pimenta, gengibre, cúrcuma, alho, cebola e vegetais verde-escuros (couve, agrião, acelga). A orientação nutricional é feita individualmente.