Do G1

Alunos da Universidade Católica de Brasília voltaram a fechar um trecho do Pistão Sul, uma das principais avenidas de Taguatinga, na noite desta quarta-feira (9), para reivindicar a manutenção da carga horária da instituição. Segundo os estudantes, duas pistas localizadas em frente à Universidade Católica estavam bloqueadas até as 21h14 desta quarta-feira.

De acordo com a PM, o protesto terminou por volta das 22h e as vias foram liberadas às 22h06. Durante a manhã, os estudantes já haviam bloqueado as pistas durante protesto.

Estudantes da Universidade Católica de Brasília bloquearam parte do Pistão Sul, em Taguatinga
(Foto: Michele Mendes Araújo)

Os alunos afirmam que a reitoria pretende diminuir em duas horas e 45 minutos o tempo das aulas. Eles dizem ainda que a instituição pretende transformar 20% das disciplinas de cada curso em aulas virtuais. Por volta de 11h20, um grupo se reuniu com a direção da entidade para discutir o assunto.

Por causa da resistência dos estudantes em liberar a via, policiais militares usaram gás de pimenta para dispersar a multidão. Os alunos insistiram que mesmo assim não deixariam o local. Um deles chegou a bater boca com o PM e foi ameaçado de prisão.

Estudante do 8º semestre de direito, Otaviano Caetano, diz que a manifestação foi uma forma de chamar a atenção da sociedade para o que vem acontecendo. “[São] Problemas que não deveriam acontecer em uma universidade particular. Enquanto os alunos estão lutando para serem ouvidos, o reitor está passeando em Recife (PE).” A assessoria da Universidade Católica, no entanto, informou que o reitor está em Brasília e que “em breve se reunirá com o comitê de estudantes”.

Coordenador do comitê de assessoria de comunicação da reitoria, Alexandre Kieling não quis dar opinião sobre o movimento, mas reconheceu a legitimidade da manifestação. “Foi aberto um canal de negociação com os alunos. Estamos fazendo uma série de mudanças e uma reestruturação acadêmica. Estamos nos baseando em conceito de ensino e aprendizagem que as melhores universidades do mundo também estão trabalhando.”