Fernanda Domingues, do R7
O Metrô-DF (Companhia do Metropolitano do Distrito Federal), do Governo do Distrito Federal, vai entrar, na tarde desta segunda-feira (7), no Tribunal Regional do Trabalho (10º Região) com um dissídio coletivo contra a greve do metrô. Esse tipo de ação é usada quando não há mais acordo entre as partes e cabe à Justiça decidir a questão. O Metrô-DF questiona a legalidade da paralisação.
A greve dos metroviários no DF já dura cinco dias e está causando um caos no transporte público e no trânsito da cidade. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô-DF, a companhia tentou, na última quinta-feira (3), uma negociação com a Sindmetrô-DF (Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal), mas não obteve sucesso.
O encontro teria durado apenas cerca de cinco minutos e, de acordo com o Metrô-DF, não foi possível conhecer, na reunião, as principais reivindicações dos sindicalistas porque eles teriam se levantado e ido embora.
De acordo com o Sindmetrô-DF, o encontro – que estava marcado para a parte da manhã, mas ocorreu apenas às 15h – durou poucos minutos porque o GDF chegou com uma proposta pronta, sem ouvir a categoria.
— Nós estamos em um processo de negociação com o GDF desde o dia 15 de janeiro. Inclusive o cumprimento das normas e regulamentações do Ministério do Trabalho foi negado, afirmou a assessora de assuntos jurídicos do Sindmetrô-DF, Tânia Viana.
Uma das principais reivindicações dos metroviários é a correção das distorções salariais do plano de carreira, redução de jornada de oito para seis horas e reajuste salarial de 10% para todos os empregados. Cerca de 140 mil pessoas utilizam diariamente o metrô do Distrito Federal.