Gleisi usa o “bateu, levou” para defender governo Dilma

  A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) está mostrando uma outra face além da apreciada pelos fotógrafos e o público. Com seus traços delicados, nariz arrebitado e elegância discreta, ela está provando que pode ser a melhor rebatora de ataques e desaforos que a presidente Dilma Rousseff já conheceu. Em outras palavras, a personificação do sempre útil – ainda mais em tempos eleitorais – ‘bateu, levou’. Aliás, quem introduziu o “bateu, levou” foi o ex-porta-voz da Presidência da República, jornalista Cláudio Humberto. Era uma forma de rebater os ataques do PT na época.

No espaço de uma semana, Glesi já mostrou que ter passado para o ministro Aloizio Mercadante as atribuições de chefe da Casa Civil a liberou para exercitar seus bons reflexos a partir da tribuna do Senado.

Quando o ministro Joaquim Barbosa encerrou, na semana passada, a votação dos embargos infringentes da AP 470 acusando a existência de uma “maioria feita sob medida” pelo governo, Gleisi foi a primeira a responder-lhe na mesma moeda. Sem deixar barato, ela perguntou a Barbosa se, em sendo daquela maneira, ele também colocava e suspeição a própria indicação dele.

– Por não estar de acordo com uma decisão da Suprema Corte, coloca em suspeição todo o processo de nomeação e designação dos membros do STF. Como se ele próprio não fosse resultado desse processo. Isso não faz bem à democracia brasileira. Esse é um processo que tem guarida na Constituição e na história da política brasileira.

A argumentação da ex-ministra ficou se resposta por parte do valentão do STF.

Candidata ao governo do Paraná pelo PT, ela também está afiada na direção do atual governador Beto Richa, do PSDB. No mês passado, ele disse que a culpa pelas finanças do Estado estarem esfarrapadas é do governo federal, que teria negado empréstimos por questões políticas. Gleisi não deixou por menos:

– O governador usa desculpas esfarrapadas para justificar a incompetência e a incapacidade de sua administração, reagiu ela. É vergonhoso!, exclamou, assegurando que foi com falta de garantias e documentos necessários que o Paraná não conseguiu o que desejava da União.

– No governo Requião, por exemplo, o relacionamento com o governo Lula transcorria normalmente, mesmo sendo eles de partidos diferentes, lembrou.

Nesta segunda-feira 10, a senadora mirou suas baterias anti-aéreas de volta a um ataque desferido por um dos maiores pesos-pesados da politica brasileira, o ex-presidente Fernando Henrique. Ele pubicou artigo criticando a “farra” feita no Palácio da Alvorada pela presidente Dilma e o ex-presidente Lula, na quarta-feira de cinzas, quando ambos foram fotografados em pose de campanha eleitoral entre sorrisos.

A ministra não deixou por menos para o mau humor de FHC:

– Não me passaria pela cabeça que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pudesse iniciar um artigo de opinião censurando o sorriso de alguém, inicou, da tribuna, a senadora. Daí em diante, avançou em críticas ao clientelismo praticado no governo tucano, lembrou a reforma política bancada por FHC que redeu-lhe o direito à própria reeleição e, por fim, ensinou defendendo o gesto efusivo de Dilma e Lula:

– O futuro pode ser edificado sim com alegria e sorrisos.

Sem perder a ternura e charme, mas dizendo o que pensa, Gleisi assumiu um papel muito útil em tempos eleitorais. Com ela, ‘bateu, levou’, que ninguém se engane pelas aparências. Com informações do Portal Brasil_247

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