Presos suspeitos de contrabandear 70 mil maços de cigarro

Ricardo Moreira – Do G1 DF

Delegado-chefe da DCPIM Luiz Henrique Sampaio contabiliza o número de caixas de cigarro contrabandeadas (Foto: Ricardo Moreira / G1)
Delegado-chefe da DCPIM Luiz Henrique Sampaio contabiliza
o número de caixas de cigarro contrabandeadas
(Foto: Ricardo Moreira / G1)

A Polícia Civil apreendeu nesta quarta-feira (22) em Planaltina, região do Distrito Federal a 42 quilômetros do centro de Brasília, 70 mil maços de cigarro contrabandeados do Paraguai.

As carteiras estavam guardadas em 140 caixas. Uma pequena parte do material, 10 caixas, foi encontrada na casa de Alzenir da Conceição Caldas, de 49 anos. Outras 120 caixas estavam num depósito que, segundo as investigações, também pertence a Caldas.

O suspeito disse na delegacia que sempre comercializou cigarros cuja venda no Brasil é autorizada, e que essa foi a primeira vez que contrabandeou o produto.

Segundo o delegado-chefe da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), Luiz Henrique Sampaio, Caldas foi preso no momento que realizava a entrega de 10 pacotes a uma comerciante, moradora do condomínio Estância Mestre D’armas, em Planaltina.

Sampaio diz que a mulher, Berenice Moreira dos Reis, de 62 anos, vai responder junto com Caldas por contrabando. Ambos podem pegar de um a quatro anos de prisão.

Caldas ainda está sujeito a multa de R$ 2,5 por carteira de cigarro contrabandeada. A dívida pode ultrapassar R$ 170 mil. Berenice confessou participação no crime, segundo a polícia, pagou fiança de R$ 300 e foi solta. Já o valor fixado pela polícia a Caldas foi de R$ 30 mil. A quantia foi paga nesta quarta-feira (22) em notas de R$ 50, disse o delegado Sampaio.

De acordo com as investigações, Caldas tinha encomendado cinco marcas de cigarro, fabricadas no Paraguai. A mais conhecida era adquirida a R$ 1,50 cada caixa. O preço de venda costumava chegar a R$ 3, disse o delegado.

O homem vinha sendo investigado havia três semanas, informou a polícia.

Balanço de 2013
O delegado Sampaio afirma que ano passado, agentes da DCPIM apreenderam no DF 880 mil maços de cigarro em 15 operações. Para o policial, a fragilidade da fiscalização nas fronteiras brasileiras facilita a ação de criminosos. “Há outro fator que atrapalha nosso serviço que é a procura por este tipo de produto. Mas no DF, a Polícia Civil está atenta”.

Sampaio faz um alerta quanto ao perigo de se consumir produtos cuja venda no Brasil é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Não compre este tipo de cigarro. A qualidade dele não é atestada. As pessoas, além de estarem contribuindo para a clandestinidade, estão colocando sua saúde em risco”.

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