O Ministério Público Federal (MPF) move 18 ações civis públicas contra ex-prefeitos, empresas, servidores e pessoas físicas por improbidade administrativa em seis municípios goianos do Entorno do Distrito Federal. As ações foram motivadas por suspeitas de irregularidades nas prestações de contas das prefeituras, apontadas em uma investigação da Controladoria Geral e do Tribunal de Contas da União.
Os relatórios detectaram irregularidades no investimento de verbas repassadas pelos Ministério da Saúde e da Educação até 2008. De acordo com o MPF, o montante de verba não aplicado ou mal investido chega a mais de R$ 40 milhões.“Foi constatado que os produtos adquiridos não eram iguais àqueles que haviam sido licitados. Os serviços prestados também não eram aqueles que haviam sido prestados na sua integralidade. Outra questão que se percebe é que não há nenhuma prestação de serviço ou não foi encontrado produto”, explica o procurador Onésio Amaral.
No processo, são citados os nomes de servidores e sete ex-prefeitos da região leste do estado. São eles: Alexon Luiz Felix Santos, ex-prefeito de Planaltina de Goiás; Sebastião Monteiro Guimarães, ex-prefeito de Formosa e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM); Daniel de Fátima Duarte, ex-prefeito de Padre Bernardo; Sônia Chaves de Freitas, ex-prefeita de Novo Gama e atual deputada estadual; José Valdécio Pessoa e Leda Borges, ambos ex-prefeitos de Valparaíso de Goiás; e Antônio Camilo de Andrade, ex-prefeito de Cristalina.
O ex-prefeito de Padre Bernardo, Daniel de Fátima, nega as irregularidades e afirma ter quitado parte de uma dívida que o município tinha com o Instituto Nacional do Serviço Social (INSS), além de ter investido em saúde mais que o previsto.
Também nega as acusações o ex-prefeito de Formosa, Sebastião Monteiro. Ele alega que teve uma gestão transparente. Ex-prefeito de Planaltina, Alexon Santos, afirma ainda não ter sido notificado da ação.
A ex-prefeita de Novo Gama, Sônia Chaves, o ex-prefeito de Cristalina, Antônio Camilo, e os ex-prefeitos de Valparaíso de Goiás José Valdécio e Leda Borges foram procurados pela reportagem, mas não retornaram as ligações. Informações do G1 GO, com informações da TV Anhanguera