Da Reuters
O principal grupo de oposição política da Síria no exílio, a Coalizão Nacional, concordou no sábado em participar das negociações em Genebra que começam na quarta-feira, criando a primeira reunião entre o governo do presidente Bashar al-Assad e seus adversários.
O Futuro da Síria seria “formulado aqui na prática de heroísmo, e assinado com sangue nas linhas de frente, não em conferências ocas, assistidas por pessoas que nem sequer representam a si mesmos”, disse Abu Omar, um dos líderes da Frente Islâmica, em sua conta no Twitter.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia celebrado ainda neste domingo a decisão dos opositores sírios de participarem da conferência de paz Genebra II, que no próximo dia 22 em Montreaux, na Suíça, definindo a atitude como um “passo corajoso e histórico por uma solução política negociada para três anos de um conflito que causou tanta miséria e destruição”.
Cerca de 130 mil pessoas foram mortas e um quarto dos sírios foram expulsos de suas casas na guerra civil, que começou com protestos pacíficos contra os 40 anos de governo da família Assad e tornou-se um conflito sectário, com os lados opostos armados e financiados pelos estados árabe sunitas e xiita do Irã.