Os formulários a partir de agora serão encaminhados eletronicamente pelas escolas públicas para o DFTrans, no ato da matrícula do aluno na escola, afirma o GDF. Os arquivos digitais deverão conter a ficha cadastral de cada aluno junto com a frequência escolar. De posse das informações, o DFTrans vai emitir o cartão para o estudante.

Antes, o aluno precisava ir a um posto do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA), apresentar documentos pessoais junto com a declaração de escolaridade, esperar 10 dias e retornar ao posto para retirar o cartão. Com o novo sistema, o GDF promete acabar com as filas e fazer com que o aluno vá ao posto uma única vez para buscar o cartão e cadastrar as linhas que precisa utilizar.

Os estudantes que já são beneficiados pelo Passe Livre não precisam trocar o cartão, diz o GDF. No caso de mudança de endereço, o aluno precisa ir ao posto apenas para recadastrar as novas linhas de transporte que usará.

Segundo o DFTrans, 180 mil estudantes utilizam o Passe Livre, sendo 45 mil de escolas privadas. O diretor-geral do DFTrans, Marco Antonio Campanella, diz que aguarda da rede privada de ensino uma iniciativa para que mais alunos também sejam beneficiados.

Diretor-geral do DFTrans Campanella diz que envio dos dados
pelas escolas públicas vai ajudar a eliminar 200 mil
formulários em papel (Foto: Ricardo Moreira / G1)

Campanella afirma que o novo método vai permitir que a autarquia elimine cerca de 200 mil papéis que vinham sendo entregues por alunos de escolas públicas.

Segundo o diretor, o DFTrans dará início a um processo de filtragem dos alunos que tem direito ao Passe Livre já a partir da semana que vem. No dia próximo dia 8 de janeiro, termina o prazo para a realização das matrículas na rede pública de ensino do DF. “Com essa medida, nós vamos eliminar uma sobrecarga das escolas. Esse procedimento é fundamental para o combate às fraudes”, diz Campanella.

O DFTrans afirma que somente funcionários do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA) poderão acessar os dados encaminhados pelas escolas públicas.

O governador em exercício, Tadeu Filipelli (PMDB), acredita que o novo sistema deverá pôr fim às filas enfrentadas por estudantes da rede pública do DF. “O que estamos fazendo é promover uma sintonia entre todas as áreas do governo de forma a permitir que o estudante e familiares sejam tratados com dignidade. Todos os meses os alunos eram obrigados a ir à escola e depois no posto do DFTrans para confirmar frequência e depois carregar o cartão”, diz Filipelli.

De acordo com o DFTrans, a alteração cadastral de alunos que utilizal o Passe Livre vinha sendo feita em 15 postos do SBA, distribuídos em Brazlândia, Ceilândia, Gama, Galeria dos Estados,Planaltina, Riacho Fundo 2,Rodoviária do Plano Piloto, Samambaia, Santa Maria, Setor de Diversões Sul, Sobradinho, Taguatinga e UnB.

O GDF diz que banca todos os custos do Passe Livre no DF que giram em torno de R$ 5 milhões e R$ 6 milhões por mês.