No último domingo (15/12), reportagem publicada no site do jornal norte-americano The New York Times diz que as profissões de jornalista, escritor e professor figuram entre as piores opções de carreira no Brasil. A matéria é assinada pela repórter brasileira Vanessa Barbara.
Segundo o portal R7, o texto intitulado “A profissão mais patética do Brasil” cita a presença de escritores brasileiros em diversos encontros literários em países como Alemanha, Suécia e Itália, mas que, mesmo assim, a carreira é desprezada no país. “A não ser que seu nome seja Paulo Coelho, escrever é visto como algo tão útil e rentável quanto colecionar muco de baleia”, segundo a reportagem.
Os baixos salários de professores, matemáticos, filósofos e historiadores no Brasil em comparação com os Estados Unidos também são citados pela publicação, que aponta como um dos motivos do mau hábito de leitura dos brasileiros. “Em média, o brasileiro lê quatro livros por ano. Dois deles, apenas parcialmente. As principais razões pelas quais as pessoas não leem: falta de tempo (53%), falta de interesse (30%) e preferência por outras atividades (21%) – predominantemente, assistir televisão”, diz o texto.
A carreira de jornalista também é desaconselhável para quem busca viver da escrita, segundo a reportagem, que cita que várias publicações vem sendo fechadas e que pouco mais da metade dos repórteres brasileiros são trabalhadores registrados – cerca de 27% trabalham como freelancers ou por contratos independentes, como a autora do texto.