Do R7, com TV Record
O governador Agnelo Queiroz exonerou nesta quinta-feira (28) o coronel Sergio Luiz de Souza Cordeiro, chefe do Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal, do Subcomando Geral, da Polícia Militar do DF. A medida foi tomada após a suspensão do plano de saúde que atendia a corporação. Agnelo considerou o ato grave e disse que foi uma atitude isolada.
— Ele suspendeu a assistência médica de policiais e bombeiros militares de forma unilateral e sem nenhuma necessidade. Então esse é um ato gravíssimo e pôs em risco a vida de policiais e suas famílias. Um gesta de alta irresponsabilidade.
Após a declaração do governador, o Comando Geral da PM informou que o atendimento a corporação pelo plano de saúde havia retornado. No entanto, policiais denunciaram que o cancelamento ainda não havia sido revogado. Um policial que preferiu não se identificar disse que precisou de atendimento médico, mas não conseguiu.
— Tudo suspenso. Hoje de manhã fui surpreendido que um irmão meu teria uma consulta e recebeu uma ligação por volta de uma nove para as dez horas dizendo que a consulta dele estava suspensa. Hoje a minha mãe com 76 anos, que se encontra com muita dor, ela necessita urgentemente de uma cirurgia. Ela corre o risco de pegar uma infecção até supostamente generalizada e vier a óbito.
Ao todo, 70 clínicas médicas e odontológicas além de quatro hospitais particulares atendiam os policiais militares e seus dependentes. O comando da PMDF passou o dia em reunião a portas fechadas para resolver o credenciamento dessas clínicas e hospitais.
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A coordenação do Fórum das Associações de PMs e bombeiros vai pedir que a Promotoria de Saúde do Ministério Público do DF acompanhe o caso. O governador Agnelo Queiroz suspeita de sabotagem, por isso pediu ao comando da corporação e a Secretaria de Transparência abram uma investigação para apontar responsabilidades pelo episódio.
— Eu acredito mais em sabotagem. Querer interromper a prestação dos serviços é um absurdo. Já vi prestadores de serviço quando não estão recebendo ou não sendo atendidos, agora eu nunca vi quem precisa do serviço autorizar a suspensão do serviço.
O comando geral da PM esclareceu por meio de nota que “os convênios foram suspensos por iniciativa isolada do chefe do departamento de saúde. Visando o restabelecimento do atendimento aos policiais militares e seus dependentes, o comando solicitou que as unidades de saúde adequem seus sistemas para atender a demanda da corporação, normalizando o atendimento”.