Do G1, em São Paulo
O homem armado com um fuzil de assalto que disparou no aeroporto de Los Angeles matando um agente de segurança na sexta-feira (2) pretendia se matar após a ação, disse neste domingo (3) o presidente de Comitê de Segurança do Congresso, segundo a Agência Reuters.

Paul Antony Ciancia, de 23 anos, também abordou as deficiências na segurança do aeroporto em uma nota de suicídio escrita antes do ataque, disse à CNN o parlamentar republicano Michael McCaul.
“Ele falou sobre o quão fácil é trazer uma arma para dentro do aeroporto e fazer algo assim como ele fez”, disse McCaul.
O suspeito abriu fogo enquanto caminhava em direção ao posto de controle da Administração para a Segurança dos Transportes (TSA).
As emissoras de televisão exibiram imagens de pânico e caos durante e após o tiroteio, com passageiros se jogando no chão ou tentando se proteger dos tiros atrás de suas bagagens.
O homem conseguiu ultrapassar a zona de controle de segurança antes de ser alvejado e pego pela polícia. Ele foi detido após ter sido ferido em uma troca de tiros com policiais, e levado em seguida para o hospital.
O agente da segurança morto tinha 39 anos e foi identificado pela imprensa americana como Gerardo Hernandez. Ele pertencia à TSA.

É o primeiro membro da TSA assassinado em serviço desde a criação do órgão, após os atentados terroristas de 11 de Setembro, quando os americanos tornaram mais rigorosa a segurança em seus aeroportos e outros terminais de transporte.
Após o incidente, as autoridades intensificaram as patrulhas no local com agentes uniformizados e à paisana, enquanto a TSA estuda mudanças na política de segurança do Aeroporto de Los Angeles e de outros terminais do país, conforme informou no sábado (2) o administrador da agência John Pistole a jornalistas.
De acordo com McCaul a nota supostamente escrita por Ciancia fala muito sobre a morte de agentes da TSA e diz: “se eu matar alguém, minha missão estará cumprida”.
Na denúncia criminal apresentada no sábado (2), os investigadores disseram ter encontrado uma carta manuscrita assinada por Ciancia na bolsa dele, endereçada aos oficiais da TSA. Nela, ele dizia que queria “incitar o medo nas mentes traidoras” dos oficiais.
Segundo a Reuters, não ficou claro se McCaul estava se referindo a mesma nota mencionada na denúncia.
Contato
McCaul disse ainda que a polícia foi até a casa de Ciancia após ser alertada por seus parentes preocupados, mas quando chegaram o atirador já havia deixado o local em direção ao aeroporto.
O pai de Ciancia, que vive no distrito de Pennsville, em New Jersey, acionou a policia local antes do tiroteio, após o filho, que se mudou para a Califórnia há 18 meses, enviar ao irmão uma mensagem de texto preocupante.
A policia em Pennsville contatou então a policia de Los Angeles que foi até a casa do suspeito na manha do tiroteio, mas já era tarde. “O perderam por, provavelmente, 45 minutos”, disse McCaul.